A doença que quero dialogar com você é um dos maiores males que a humanidade enfrenta há várias décadas e porque não, há séculos.
Esta doença é chamada de ‘crise’. É uma doença e ao mesmo tempo é um remédio em que o Sistema Capitalista se utiliza para se manter acumulando.
A mais de 180 dias os meios de comunicação noticiam informações de uma das maiores crises econômicas já enfrentadas e como todas as outras é diferente e ao mesmo tempo igual as demais. Esta afirmação é contraditória do mesmo modo que o capitalismo; onde ele próprio gera problemas indissolúveis.
O Sistema Capitalista só sobrevive se aumentar o seu lucro (capital) continuamente e para isso há uma concorrência entre os capitalistas os quais são funcionários do capital. E para que esse ciclo não se quebre e ele não deixe de ser capitalista, ele valoriza o capital, isso leva ao desenvolvimento das forças produtivas que aumentam a produtividade do trabalho e que eram para ser bom para todos se torna um processo inverso onde há a concentração dos capitais nas mãos de poucos.
Essa concentração centralizada onde os grandes grupos comem os menores gera uma massa de recursos que não consegue mais se valorizar produtivamente e passa a se valorizar na área da especulação financeira das ações desses grande grupos, sendo esses papeis e títulos os ‘substitutos’ da produção do trabalho.
Ao transformamos essa tendência do capitalismo em números perceberemos os ‘porquês’ dessa crise que já colocou milhares de homens e mulheres nas estatísticas de desemprego.
Em 2008 o PIB mundial foi de 48 trilhões de dólares e a dita riqueza financeira (ativos financeiros=papeis, títulos públicos e ações) foi de 167 trilhões de dólares. Essa disparidade demonstra que as pessoas tinham 167 trilhões nas mãos, mas, na real, essa riqueza não existia, pois tudo que o nosso trabalho produziu foram os 48 trilhões de dólares e ao a crise estourar, o castelo de cartas foi facilmente destroçado.
Foi a partir dessa ganância especulativa, pratica normal no capitalismo, impulsionada por decisões políticas de desregulamentação financeira de governos e de suas instituições multilaterais que foi gerada a crise atual.
Essa crise por ser encarada também como um remédio frente aos problemas enfrentados pelos capitalistas mexe propositadamente nas riquezas dos países em desenvolvimento como o caso do Brasil.
Os países ricos como os EUA, que não é tão rico assim, provocam a necessária desvalorização dos capitais e das riquezas mundiais fazendo que as ações, os títulos públicos caiam juntamente com os preços dos produtos produzidos pelos trabalhadores. Ao criarem a desvalorização da força de trabalho geram o desemprego e assim lhes proporciona recuperar o seu poder com o dinheiros desses países e de seus trabalhadores.
Um exemplo disso é o preço do petróleo que antes da crise estava em 140 dólares o barril e agora esta em 40 dólares.
Com o petróleo em baixa os EUA toma um fôlego frente à concorrência com os seus concorrentes mundiais como o Japão, Rússia, China e América do Sul onde o Brasil descobre essa riqueza em seus mares e ao mesmo tempo cria problemas internos ao seu maior adversário no Continente, Hugo Chaves; além de patrocinar a Guerra de seu aliado Israel contra os Palestinos de Gaza.
MNS: itamarssantos13@hotmail.com
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