Com a redemocratização, após um longo período ditatorial, o Brasil e os brasileiros vivem um processo de aprendizagem nada fácil.
Nossa democracia tem somente 23 anos e neste período as verdades antes escondidas agora são descobertas em uma velocidade muito grande onde ficamos perplexos com tanta informação sobre corrupção, roubos, assassinatos e tudo de mal que possa acontecer em uma sociedade onde o melhor advogado é o dinheiro que mantem os ricos impunes.
Esta grande quantidade de más informações são divulgadas estrategicamente para nos desgostarmos com a democracia em que vivemos, onde a mídia capitalista se alimenta com estes fatos e silenciosamente quer nos fazer comparar com o antes. Só que o antes, tudo isso e muito mais acontecia e nada era informado.
E mais uma vez a tragédia de Realengo servira para que as páginas dos jornais impressos e eletrônicos deem mais e mais lucros para seus donos e quando o povo já estiver se esquecido de tudo, não se falara mais sobre os inocentes mortos por um sistema doente, demente e corrupto que não cria saídas para suas próprias doenças e muito menos em suas causas.
Este triste e horripilante dia ficara para todo sempre nas cabeças e nos corações daqueles que perderam seus filhos e filhas que foram assassinadas por um doente mental que nunca foi tratado por essa mesma sociedade que sobrevive de hipócriticos espetáculos midiáticos.
O horror transmitido mundialmente neste 7 de abril nada mais é do que o câncer social provocado por um sistema que privilegia o capital em detrimento do ser humano. Aquele animal bípede deveria já ter sido descoberto desde quando aluno da mesma escola, na qual frequentou por anos, em que retornou para assassinar dezenas de crianças.
Sua doença se diagnosticada na infância seria tecnicamente possível ser tratada se a sociedade permitisse que os governantes aplicassem o necessário em educação e em saúde pública.
Mas, o que infelizmente assistimos no dia a dia são editoriais de renomados articulistas grifarem em seus artigos que o “déficit vais ás alturas” caso o governo Tarso conceder os míseros 10.9% ao magistério gaúcho, aprovados na assembleia geral do CEPERS sindicato em 08-04-11.
Professor, médico do SUS e todos os trabalhadores essenciais a estes serviços são considerados pelos “especialistas” econômicos como despesa.
Ainda esta em tempo desta mesma sociedade se auto tratar: basta promovermos um grande debate sobre quanto custa uma educação e uma saúde de qualidade e equânime onde todos e tudo seja resolvido.
Ou a ganancia capitalista não permitirá que todos tenham asa mesmas oportunidades e direitos, onde uns são mais humanos que os outros. Se isto prevalecer estaremos decretando o nosso auto extermínio.