O inverno
rigoroso de 2013 foi aquecido por grandes mobilizações populares de
rua que espontaneamente brotaram pelo país deixando e os mais
“experientes”
estúdios ficaram sem saberem o que dizer.
Junho
passou juntamente com a Copa das Confederações da FIFA, julho
amanhece marcado pelo frio intenso abençoado por sua santidade o
Papa Pobre que reafirma em suas palavras que “A
Igreja deve estar nas ruas”
deixando como mensagem a necessidade de mudanças na humanidade e que
para isso devemos nos revestir de sentimentos solidários
e coletivos.
O Papa
Francisco, em sua sabedoria Cristã, recoloca como foco das
mobilizações do povo brasileiro a compreensão de que o sistema
capitalista está falido e com ele o modelo de representação
popular sendo isto o princípio da verdadeira mudança...
No Brasil
e no mundo há o domínio supremo do capital em detrimento do
trabalho e com isso há uma anomalia na forma de representação
popular.
Desde os
anos 80, do século passado, estamos acostumados a elegermos, de dois
em dois anos, nossos representantes para o executivo e legislativo,
ora para o município, ora para o Estado e para União sem nenhuma
politização mais apurada onde uma maioria considerável de
eleitores delega ao eleito uma procuração em branco como se este
fosse resolver todos os problemas do Estado.
Estamos em
um momento oportuno para se debater novas formas de representação
social propondo ao povo uma participação efetiva e direta nas
tomadas de decisões podendo ser através de conselhos
populares por local de moradia e de trabalho.
A
democracia exercida através dos “Conselhos
Populares”
é chamada de “Democracia
Participativa” onde
o povo atua diretamente, sem a interferência de um representante
(Vereador, Deputado ou Senador).
A
regulamentação de uma transformação tão radical como esta requer
muita mobilização e consciência popular aja visto os interesses
que estão por de traz da não eliminação
do poder Legislativo e a criação do Poder Popular.
Paralelo a
esta verdadeira revolução democrática temos a chance de ver
aprovada, fruto da atual mobilização popular, uma reforma politica
no atual modelo que estabeleça:
o
fim do senado, pela eleição das casas legislativas (Câmaras de
Vereadores e Assembleias Estaduais) e da Câmara Federal pelo numero
de votos proporcionalmente recebidos pela chapa majoritária de cada
partido, pela eleição proporcional/legislativa em lista preordenada
sem direito a reeleição, pelo financiamento publico das campanhas
eleitorais, pela igualdade de direitos entre homens e mulheres,
brancos, negros e índios nas listas partidárias, e pelo fim das
coligações partidárias tanto na chapa majoritária como nas chapas
proporcionais...
Esta
Reforma deve ser precedida de grande plebiscito nacional onde o povo
brasileiro possa opinar sobre qual é o melhor Sistema Eleitoral para
o país.
Esta
Consulta Popular deve conter minimamente alguns questionamentos, tais
como:
*Como
deve ser o financiamento das campanhas eleitorais? Público ou
Privado.
*Qual o
sistema eleitoral a ser adotado? Sistema Proporcional, Sistema
Distrital, Sistema Misto, ou Sistema Majoritário.
*Os
eleitos podem sair dos partidos pelos quais foram eleitos sem perder
o mandato? Sim ou Não.
*As
mulheres devem ocupar um terço das vagas nas chapas proporcionais e
de cadeiras nos legislativos? Sim ou Não.
*Deve
haver cotas para negros e índios nos Legislativos e nas listas
partidárias? Sim ou Não.
*A
população deve participar opinando e propondo pela internet sobre
as PEC’s e projetos de lei? Sim ou Não.
Estas são
apenas algumas sugestões de como podemos influenciar através de
nossa mobilização, mas se retornarmos ao sono em um “berço
esplendido” as mobilizações de junho não passaram de um simples
calafrio de inverno e a primavera de setembro chegou e nada aconteceu
porque há um Congresso dominado pelo dinheiro que se calará frente
a qualquer transformação promovida para o bem geral do brasil.
Eaí???
Você ficará ate quando neste berço esplendido??
Estamos de
olho!!!