O CONASS- Conselho Nacional de Secretários de Saúde em seu endereço virtual (http://www.portalconass.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=403&catid=3&Itemid=12 ) publicou resenha sobre a campanha, lançada na ultima semana pelo MS, “Crack, é possível vencer”.
A imprensa privada deu seus pitácos aqui e ali sobre mais este projeto da Presidenta Dilma que enfrenta com garra e técnica esta epidemia produzida pelo sistema vigente.
É sobre a técnica que quero dar o meu pitáco. Na portaria que institui o Programa “Crack, é possível vencer” também regula a internação compulsória para os doentes das drogas.
Paguei e pago muito caro por ser um idealista nesta tese de que todo viciado é um doente e sendo um doente deve ser tratado e por estar neste estado não tem condições e discernimento para uma possível escolha, portanto cabe à família e ao estado em ultima instancia fazer com que este usuário seja tratado e curado para a vida.
Como o tema é de grande impacto muitos idealistas como eu divergem sobre a internação compulsória como se a mesma fosse algo relacionado com os campos nazistas ou aos hospícios do tempo de vovó onde os sofredores de distúrbios psíquicos eram tratados como ou piores que animais, em verdadeiras jaulas.
Estamos no século XXI e entendo que esta parte da historia recente da humanidade já esta ultrapassada e que devemos exigir qualidade no atendimento a saúde publica no Brasil e no mundo; o que não podemos é continuar banalizando o uso de drogas como se isso fosse só mais uma opção de jovens rebeldes sem causa, até porque isso também já faz parte da historia.
O trafico de drogas faz parte da cadeia produtiva capitalista que cinicamente apoia toda e qualquer iniciativa que visa amenizar os efeitos que esta pratica causa no corpo e na mente humana, por isso temos que ter cuidado quando banalizamos o uso das mais varias espécies de drogas como se isso fosse apenas “coisa de crianças” ou “são os usuários de drogas que devem querer se tratar”.
Estão corretos os eixos de ação constantes no Programa (cuidado, autoridade e prevenção) e estes deve agir de forma unitária e conjunta.
As condições para o cuidado estão garantidas na portaria governamental bastando para que esta se torne uma realidade à adesão dos municípios e estados. Espero que a autoridade aconteça no combate incansável dos traficantes que estão nos altos escalões da sociedade privada e publica de nossa Republica.
Quanto à prevenção cabe ao governo da Presidenta Dilma proporcionar grandes debates técnicos-politico a fim de dar transparência às praticas de atendimento aos portadores de sofrimento psíquicos onde todos, técnicos e leigos, saibam como e o que se deve fazer para combater esta monstruosa epidemia.
Chega de convivermos com o politicamente correto ou com a politica do coitadinho, todos são seres responsáveis e pelos seus atos devem responder.
Para isto cabe a família e na falta desta ao Estado dar as condições para que nossos filhos tenham condições de escolha e mesmo que a escolha seja pelo uso de drogas, cabe-nos tratá-lo e recuperá-lo para a vida.
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