Toda a profissão tem o seu grau de responsabilidade e
aparentemente o censo comum imputa aos serviços públicos, bem como
aos seus trabalhadores(as), acusações de irresponsáveis, relapsos,
incompetente entre muitos impropérios.
Este mesmo censo comum absolve os serviços privados destas
inverdades embora sabendo que a grande maioria destes serviços ditam
suas verdades frente ao monopólio que controlam.
Quero deter-me nas praticas dos trabalhadores públicos perante e
dentro desses serviços, especialmente dos trabalhadores(as) da saúde
pública de acordo com suas realidades estruturais.
As condições de trabalho ofertadas no Brasil aos usuários e aos
seus trabalhadores do sistema de saúde estão a quem das reais
necessidades clinicas e profissionais adequadas a realidade de cada
localidade brasileira.
É sob estas condições adversas que os trabalhadores acolhem aos
usuários do maior sistema de saúde publica existente no mundo que é
o SUS.
O SUS funciona porque no seu interior há um conjunto de
trabalhadores que enfrentam estas precariedades com extrema
responsabilidade e força militante a fim de garantir a atuação
deste serviço dentro das especificidades de cada território
adscrito.
Entre os princípios que garantem o funcionamento com
responsabilidade profissional esta a acolhida dos usuários como
acesso universal e continuo caracterizados como a porta de entrada
aberta e preferencial da rede local de saúde.
Outro principio valoroso é o vinculo construído entre os
trabalhadores e os usuários do sistema que constroem a
responsabilização de ambos garantindo a continuidade das ações de
saúde e a longitudinalidade de cada cuidado.
A acolhida e o vinculo são princípios que tornaram-se
instrumentos terapêuticos graças a garantia do trabalho deste
conjunto de trabalhadores que devem ter a segurança de uma carreira
profissional estável sem ameaças e imposições dos gerentes de
plantão.
Dizendo isto afirmo a defesa do concurso publico como forma de
contratação dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde publica no
Brasil, bem como a sua estabilidade no emprego e aponto a
terceirização nas suas mais varias facetas como sendo o desrespeito
destes princípios e ao SUS.
A continuidade com longitudinalidade só serão garantidas por uma
equipe que tenha permanência nos territórios adscritos sendo
imperativo ao vinculo humanizado com o seu usuário indispensável
para o conhecimento da realidade em vive esta pessoa, podendo ai
prestar-lhe o atendimento preconizado pelo SUS que é a integralidade
de cada individuo.
A fixidez da mesma equipe profissional em um mesmo território é
importante não só para o conhecimento de cada indivíduo, mas de
toda a localidade, tendo assim sua visão ampliada da realidade local
podendo interferir na real mudança desta localidade atingindo a
saúde coletiva reduzindo os agravantes sanitários e por
consequência proporcionando a melhora da qualidade de viva das
pessoas.
A partir da aplicação desta proposta de saúde pública que esta
inclusa no SUS desencadeia-se uma infinidade de outras possibilidades
como a melhora do saneamento básico, do transporte coletivo e
empodera o conjunto social de boas condições de viva que lhes
permite se qualificar cada vez mais ao mercado de trabalho.
Cada um de nós somos responsáveis por proporcionar a nós e aos
usuários do SUS esta possibilidade com aquilo que já temos em mãos,
sem nunca deixar de exigir dos plantonista da gestão a
disponibilização das estruturas ideais para que o SUS funcione
muito melhor.