Todas as pessoas necessitam de algum
tipo de atendimento na área de saúde em algum momento de sua existência.
É nesse momento que cada um e nós
percebe o quanto é importante esse serviço e no Brasil a maioria das pessoas
não tem condições de pagar por este atendimento na rede particular que em media
cobra R$ 100,00 por uma consulta medica em clinica geral sem a medicação para o
tratamento que deve ser comprada pelo paciente.
No Canadá, o gasto esta em torno de 8%
do PIB em saúde e a despesa per capita é de 4,3 mil dólares.Todo os gastos são
pagos pelo governo, os médicos não são funcionários públicos e a maioria dos
atendimentos financiados pelo sistema é oferecida na iniciativa privada, ou
seja, a saúde é privada.
No Reino Unido, que gasta 8,2% do
PIB em saúde, o sistema de saúde foi criado depois da Segunda Guerra Mundial e há uma ligação maior entre médico e paciente,
já que ele tende a estar no mesmo bairro de residência do paciente, sendo a
parti dele que se referencia o restante dos níveis de complexidade do sistema.
A Espanha é elogiada pela garantia de que o usuário será
atendido e a comunicação com o paciente, que envolve cartas, e-mails e SMS.
Na França, que gasta 9,3% do PIB na
área da saúde, já teve o sistema de saúde eleito o melhor do mundo pela
Organização Mundial de Saúde (OMS). O sistema francês é relativamente complexo
comparado ao SUS brasileiro, misturando seguro público com contribuições na
folha de salários. Em boa parte dos casos, o atendimento não é gratuito, mas o
governo reembolsa parte ou toda a despesa,portanto não é universal depois de passar pelo crivo(Glosa) de uma especie de Agencia que avalia os procedimentos realizados.
Só no Brasil a saúde pública é
totalmente gratuita para toda a população, independente de qualquer condição social ou funcional, melhor somente
em Cuba, que por sinal exporta Médicos e Médicas ao mundo e para as nossas vilas também.
No Brasil os gastos com a saúde são
de aproximadamente 4% do Produto Interno Bruto (PIB) na saúde, o que representa
um gasto per capita de 909 dólares ou 2.100 Reais, aproximadamente.
Podemos e estamos com muitos
problemas nos serviços de saúde, mas o projeto é adequado ao perfil
populacional e com grande apelo humanitário tendo em vista que todos devem ser
atendidos nestes serviços.
As discussões de como solucionar os
nossos problemas na saúde pública passa pelo trabalho prestado por cada um dos
milhares de trabalhadores e trabalhadoras desde
o potinhos lá dos "cafundó do judas" ate o maior e melhor hospital público deste país.
A partir da coquista de um piso
salarial nacional que atenda as reais necessidades de cada classe trabalhadora da saúde publica nacional devemos ter a responsabilidade de realizar um atendimento tecnicamente correto e dignamente humanizado onde os usuários não
sejam jogados de um lado para o outro por receberem informações incorretas ou
esperarem horas e horas por causa de “protocolos” que ao invés de auxiliar no atendimento penalizam os usuários pelas próprias falhas do sistema.
O semanário midiático bate
diariamente nas malezas da saúde pública numa clara campanha privatista que prioriza
o acesso populacional seletivo pelo poder financeiro e nunca pela necessidade
de garantia da vida humana. Pois bem esse tele jornal bate pesado no SAMU por
causa da retenção das macas das ambulâncias nos hospitais.
Mais uma vez a punição é sobre
aquele que deveria receber um atendimento de qualidade e humanizado.
No momento que um estabelecimento
abre sua portas para atender saude publica espera-se que sua preocupação seja a
de salvar vidas, mas na realidade não é isso que acontece e os gerentes hospitalares retêm as macas, omitem leitos públicos para prioriza-los nos serviços privados
onde o lucro é maior.
E os gestores de plantão calam-se
frente a tamanha chantagem declinando sua incompetência ou conivência com essa
pratica desumana, tendo em vista que o SUS não preconiza essa pratica sendo bem
claro na sua universalidade e hierarquia de atendimentos.
Hierarquia esta que vem desde a Atenção Básica que é a porta de entrada do sistema, a qual encaminha os casos
aos Serviços Secundários(especialistas) e estes aos Serviços Terciários (Hospitais) que deveriam, apos fazer o seu trabalho, curar o usuário e contra referencia-lo a UBS de origem a qual realizou o primeiro atendimento.
Cabe aos gestores Municipais
realizarem a consolidação deste sistema e de garantirem condições estruturais e técnicas para tal, fato que infelizmente não tem capacidade politica para esta
tarefa.
Alguns desses gestores de plantão
manipulam informações chegando a criar programas de saúde incompletos podendo
ser chamados de panfletários, tamanha a ineficiência destes.
O conjunto de omissões de maus
prestadores de serviços, gestores e mídia criam uma campanha articulada para
desprestigiar o SUS e assim pressionam o Governo Federal para comprar serviços
privados de qualidade duvidosa, desta forma a intensão destes é a privatização
do dinheiro público.
Nosso papel como militante e
defensor do SUS e da saúde pública é de denunciar mais essa articulação privatista,
sob pena de perdermos o poder de fiscalizar os serviços de saúde e de termos
acesso irrestritos a saúde.