O 1° de maio é uma data em que o apelo comercial fica prejudicado, haja visto que não se comemora nada, não é uma data festiva e sim é uma data para lembrar aqueles que no passado tombaram para defender os direitos que o conjunto dos trabalhadores de hoje usufruem.
Alem de fazer essa reflexão das lutas do passado é também o momento de manter a classe trabalhadora mobilizada e preparada para enfrentar as lutas que estão por vir. E que são muitas.
Sempre nesta época os teles jornais, em especial os da rede globo, representante mor do capitalismo nacional e internacional através do seu casal de apresentadores, William Bonner e Fátima Bernardes, atores gabaritados em introgetar sentimentalismos nas cabecinhas menos desavisadas. Nesta semana que antecedeu o dia dos trabalhadores apresentaram uma serie de reportagens sobre o trabalho, o desemprego e as implicações que os direitos trabalhistas têm na relação entre eles e o “trabalho informal”.
Com uma plástica perfeita a dupla de atores apresentaram a reportagem passando ao publico como se os altos índices de “trabalhadores informais” fossem por culpa dos “impostos”, ou seja, direitos dos trabalhadores.
Diretos como: auxilio doença, aposentadoria ou pensão por morte do cônjuge, férias com 1/3 do salário a mais e 30 dias de gozo por ano de trabalho na mesma empresa, descanso remunerado, 13° salário, pagamento de horas extras para trabalho extraordinário, licença maternidade e paternidade. E em caso de demissão sem justa causa aviso prévio de 30 dias, multa de 40% do montante dos depósitos do FGTS e saque do total depositado neste fundo e seguro desemprego. Direitos esses arduamente conquistados.
A hipocrisia é tão escancarada que a verdade está sendo omitida para aumentar os lucros das empresas, onde estas não pagam os direitos trabalhistas. Mas o custo final de seus produtos continua o mesmo porque eles não descontam esses percentuais do preço final da mercadoria, castigando cada vez mais os trabalhadores que pagam os seus direitos por já estar embutido nos preços do arroz e do feijão, enfim em tudo que é consumido por nós.
Do total de pessoas que trabalham de alguma forma 46,6% tem carteira assinada e os outros 53,4% estão na “informalidade, segundo o mesmo jornal. Somente com esse dado podemos perceber que a sonegação dos direitos dos trabalhadores é infitamente superior aos “gastos” atribuídos aos patrões.
Segundo pesquisa de emprego e desemprego realizada pelo DIEEESE em conjunto com a FEE, FGTAS/Sine-RS, SEADE-SP e com o apoio da PMPA a taxa de desemprego da região metropolitana de POA cresceu de 12,2% em janeiro de 2007 para 12,3% em fevereiro. O total de desempregados estimado é de 229 mil pessoas.
Em março, o custo de vida no município de São Paulo apresentou variação de 0,25%, taxa 0,04 pontos percentuais (pp.) superior a de fevereiro (0,21%). O cálculo é do DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - que aponta os aumentos da Alimentação (1,06%) e Saúde (0,15%) como os de maior impacto para a elevação do Índice do Custo de Vida (ICV). Estes dois grupos contribuíram, respectivamente com 0,27 pp. e 0,02 pp. para a taxa apurada, que foi parcialmente compensada pela retração verificada em grupos como
Vestuário e Transporte, que juntos reduziram a taxa do mês em – 0,03 pp.
Numericamente esses índices podem ser baixos, mas se levarmos em conta que não há correção salarial a classe trabalhadora permanece em desvantagem e impedida de reajustar os seus preços (salários).
É a partir de conjunturas como essas enfrentadas pela classe trabalhadora que em mais esse 1° de Maio o dia será marcado por muitas mobilizações a fim de se permanecer em luta pela defesa dos direitos dos trabalhadores.
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terça-feira, 24 de abril de 2007
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