Já dizia o velho Dino Sane técnico de futebol “em futebol a gente ganha, perde ou empata”.
Na política não há empates, mas nem todos os vencidos são perdedores devido à criação das coligações partidárias.
Odiadas por uns e tão amadas por outros, geralmente aqueles que ganham, com raras exceções.
Com a liberação das coligações o cenário político brasileiro tornou-se um grande composto gelatinoso ao sabor daqueles que o compõe, ou seja, os ingredientes foram previamente acertados e a receita desta culinária política é guardada a sete chaves.
Neste angu quem sai perdendo, como sempre, é o povo por ser abobalhadamente alienado e acessível à corrupção, às vezes sendo o proponente.
Perde por não tomar partido e por fazer a escolha pela embalagem em detrimento do conteúdo, perde porque não vê suas necessidades mais urgentes realizadas durante os quatros de mandato dos eleitos democraticamente com o seu voto.
Prova disso está no elevado índice de abstenções (18,09%) em todo o Brasil neste segundo turno que em síntese tinham-se duas visões de cidade para que o povo escolhesse.
Vejamos Viamão como exemplo: Total de eleitores= 153.660; Comparecimento para Votar= 132.399; Votos Válidos= 111.527 (descontados os nulos e os brancos); Votos Nulos= 7.738; Votos Brancos=13.134 e Abstenções= 21.261(eleitores que não foram votar).
Ao somarmos os votos nulos, em branco e as abstenções teremos um total de 42.133 eleitores ou 27,44% do total de eleitores aptos (153.660) com essa quantia se elegeria o Prefeito e mudaria consideravelmente a composição da Câmara de Viamão.
A rejeição dos eleitores contida nestes passa pela política de alianças adotada não só aqui, mas em todo o país onde partidos com histórico de antagonismo ideológico se aliançaram meramente por questões pontuais e administrativas.
No mesmo momento que aqui em Viamão o PT se coliga com o PTB contra o PP, em Alvorada e Canoas o PT se coliga com o PP contra o PTB e vice-versa e em Porto Alegre todos contra o PT.
Dizem os “especialistas” que são “ecléticos” os partidos que consegue essa façanha de se camuflar como um camaleão conforme a onda.
Ainda segundo os “de-formadores” de opinião o partido mais eclético destas eleições foi o PP que ganhou em Pelotas co Fetter Jr., em Canoas com a Vice Beth Colombo na chapa de Jairo Jorge do PT e em Porto Alegre apoiando Fogaça no segundo turno. (eclético é: Ausência de discernimento, ser não pensante, sem posição definida, ser que gosta de tudo).
O povo vê em não ir votar ou nulo e em branco, formas de protestarem contra este tipo de fazer política.
Mas infelizmente este protesto não gera eco, pois legitima este sistema eleitoral totalmente antidemocrático ao invés de protestar para o fim deste modo e conquistar um novo processo eleitoral onde sejam privilegiados Partidos e políticos que defendam programas amplamente discutidos com a população estabelecendo assim o fim destas coligações que em nada dignificam a democracia brasileira.
ver.itamarsantos@terra.com.br
Publicado no www.melhordetodos.com.br em 01/11/2008.
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