Historicamente politica e fé se confundem, pois uma se utiliza da outra para terem poder.
Na
Idade Média a Igreja Católica detinha o poder politico e religioso e seus Papas possuíam o Poder de Estado e pelo Poder da Fé justificavam a degola de seus
oponentes.
O
golpe de 1964 utilizou as “Marchas com Deus pela Pátria e Liberdade”, que foram apoiadas
pela Igreja e pavimentaram sua execução em 31 de março daquele fatídico ano.
A
partir de então a Igreja Católica não consegue mais sufocar seus Freis e Seminaristas
que leem o Evangelho de Cristo como sempre deveria ter sido lido, ou seja, sob
a ótica dos Pobres e para os Pobres e passa a dar guarida aqueles que se
opunham aos Ditadores.
Com
a favelização dos grandes centros urbanos no Mundo e a decisão da cúpula católica de centrar seus esforços contra o Comunismo na Europa do Leste há um
campo fértil ao discurso de “salvação” trazidos pelos Pentecostais que prometem
prosperidade aos abandonados a própria sorte pelo Estado que não banca emprego,
Saúde, Educação ou Saneamento Básico.
Os
adeptos ao exercito dos Gladiadores do Altar elegeram um Congresso Nacional
extremante Conservador embalados pela Fé de que o “Senhor” lhe garantira vida
plena se votar no Pastor Eduardo Cunha(PMDB), por exemplo, que foi eleito Deputado Federal
pelo Estado do Rio de Janeiro graças ao voto de milhares de Evangélicos, mas
que nunca imaginaram que seu representante iria Terceirizar os Trabalhadores
retirando suas garantias trabalhistas ou que iria apoiar a Redução da
Maioridade Penal e com isso poderá ver um filho seu presso aos dezesseis anos
de idade vitima do dinheiro fácil do narcotráfico dominante na favela em que o Pastor lhe exige o dizimo para que sua fé fique em dia com o “Senhor”.
Por
isso Politica e Fé se misturam e aqueles que se iludem pelas facilidades de
ambas se deixam manipular e depois assistem a conjunturas como a que enfrentamos
hoje onde um Legislativo esta dominado por Empresários, Banqueiros e Evangélicos Fundamentalistas que interferem em nossas vidas definitivamente.
Para
os intelectuais que posam de Progressistas o ideal seria que atravessássemos um trecho de transição, como o do Governo Itamar Franco, de congelamento de
conquistas sociais e transparência nos processos de corrupção e de
administração na esfera federal, pois ai, segundo eles está o olho do furacão,
tal como propõem Marco Aurélio Nogueira, Luiz Eduardo Soares e Paulo Fábio
Dantes, segundo este último :
“O
futuro a buscar é uma governança transparente, rigorosamente refratária à
corrupção, aberta à participação, respeitando os direitos históricos dos
trabalhadores, comprometida com a pauta humanista, os direitos humanos, os
direitos dos indígenas, com a sustentabilidade e a redução das desigualdades, e
refratária a improvisações irresponsáveis de efeitos destrutivos, sob a forma
de um capitalismo de Estado ou de um projeto populista desenvolvimentista”.
Ou seja!!! De um lado a fé fundamentalista que apoia o Conservadorismo, no Centro
a intelectualidade do alto de sua suposta sabedoria dita por um “Pacto
Capitalista de Estado”.
E o povo assiste a tudo parado???
Creio
que não, mas cabe aos Progressistas, Democráticos e aqueles que se reivindicam
de Esquerda chamarem pra si a Defesa dos Direitos ate aqui conquistados
abdicando sectarismos eleitorais imediatos em nome de Garantir a Democracia
Brasileira e o avanço na Distribuição das Riquezas iniciadas a partir de 2003.
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