Avanço e Retrocesso.

A evolução da humanidade é tão dinâmica que seus avanços se confundem com os seus retrocessos.

A grande discussão esta, ainda, centrada na nossa origem.

Dê aonde viemos, somos descendentes de quem?

Discussões teóricas ou teológicas aparte, a nossa evolução enquanto raça a cada período de nossa existência fica cada vez mais nítida.

Vou me deter em uma atividade da humanidade para salientar os avanços e seus retrocessos que estão muito vivos entre nós.

A partir da descoberta do fogo e dos primeiros objetos artesanais que mais tarde se tornariam ferramentas comuns entre nós os grupos humanos descobriram que poderiam produzir para sobreviver e que o seu excedente poderia ser comercializado.

Desde então a humanidade criara o comércio que avançou do escambo até as compras financiadas e adquiridas no comércio direto nas lojas de rua ou nas lojas virtuais.

Com esta evolução toda são incontestáveis os avanços para humanidade, mas também são indiscutíveis os retrocessos.

Nossas experiências pessoais nos mostram que os retrocessos são marcantes e alguns exemplos fazem com que relembramos de funções antes importantes como os barbeiros estão em extinção logo após a invenção da gilete.

Ainda na década de 80 os trabalhadores que trabalhavam no comércio tinham suas carteiras profissionais assinadas como balconistas ou vendedores que atualmente passaram a serem intitulados de consultores de negócio.

Para alguns soa como um avanço, mas na vida real o avanço fica por conta do acumulo de negócios a que estão obrigados a fazer que por uma grande contradição lhes diminua os salários atualmente recebidos.

Devido ao grande avanço tecnológico a função dos “consultores de negócio” e das demais funções do comércio está com os seus dias contados.

A grande oferta de produtos das mais variadas origens faz com que a competição pelo menor preço seja o grande objetivo de quem compra e de quem adquire que resulta, infelizmente, na diminuição da oferta de vagas de trabalhos.

Atualmente os preços praticados pelos comerciantes (proprietários S.A ou Ltda. das grandes lojas) nas mesmas redes são extremamente diferentes entre as suas lojas virtuais ou reais, sendo infinitamente menores nas lojas virtuais o que prejudicam os “consultores de negócios” que fazem jornada dupla, pois demonstram os produtos na loja real e o “cliente” adquire o produto na loja virtual.

Quem lucra?

 Como sempre é o patrão.

Mas, o rápido já grita... E o Sindicato não faz nada?

Até o momento há certa apatia do sindicalismo comerciário que se vê sem tecnologia para propor uma nova forma de remuneração aos trabalhadores em geral que se vêem com mais obrigações e uma remuneração diminuta.

Esta é a realidade de todos os trabalhadores de todas as profissões no comércio, isso ocorre nas caixas registradoras que são obrigadas a cobrarem mais clientes que atualmente pagam todo o tipo de contas nas lojas e tem que vender também recarga para telefones celulares.

Seus colegas crediaristas que antes só analisavam o crédito das compras da propria loja, hoje analisam empréstimos bancários, pois as chamadas “parcerias” entre o lojista (patrão) e o banqueiro permite que tudo seja realizado pela mesma mão de obra que é mal remunerada o que lhes permitem “reduzir” custos nos bancos (agências)porque os custos dos lojistas já estão reduzidos as custas do baixo salário pagos aos comerciários.


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Nestes casos o avanço esta pendendo para o lado com maiores e melhores recursos, ou seja, o dono das grandes monopólios lojistas e das grandes instituições financeiras que estendem suas garras em todas as atividades econômicas.

Para que o retrocesso não seja irreversível cabe aos dirigentes sindicais e suas centrais se atentarem para mais este processo de extermínio de inúmeras profissões como as já relatas pela nossa historia.

A classe comerciaria deve se mobilizar para garantir uma remuneração digna e compatível ao trabalho que realizamos com técnica e conhecimento.

É urgente que as comissões que remuneram os colegas comerciários sejam fixadas sem a imposição de metas impostas pelo patrão a seu bel prazer, metas que nos impede de receber um salario digno no final de cada mês.

Avanço deve ser o nosso objetivo de nossa luta a fim de mantermos a nossa profissão.

MSN: itamarssantos13@hotmail.com