Dois mil e onze se apresenta como o ano do bom debate.
E é o tema da Saúde Pública que ocupa a primeira pauta de tantos debates que a sociedade gaúcha deve realizar. A grande imprensa dedica importantes espaços midiaticos na abordagem da saúde.
Provocada pela "briga" entre o Prefeito de POA, José Fortunati e o Simers quanto ao cumprimento da carga horária contratual dos médicos, que historicamente nunca cumpriu a mesma nos mais diversos empregos públicos, seja no município, estado ou união.
O jornal ZH é um destes meios midiaticos que se detém nesta cobertura onde o assunto já foi pauta do página 10(27-01), bem como os artigos "Planos de saúde, usuários e médicos" do Dr. Fernando Weber Matos, Presidente do Cremers, que entre outra coisas nos aponta a interferência privada no procedimento médico e também a falta de fiscalização pelos órgãos governamentais sobre os proprietarios dos planos de saúde privados. Alem desses fatos apontados pelo Dr Matos quero salientar que estes mesmos planos não reembolsam o SUS nos casos de urgencia\emergencia pelo atendimento de seus segurados.
No dia 3 de Fevereiro, Zh publicou o artigo "O grito dos pacientes",escrito pelo Médico Antonio Quinto Neto onde demonstra com maestria a causa para a super lotação hospitalar. fato que pude constatar na madrugada de 08 para 09 de fereveiro quando fui levar uma pessoa da família no Hospital Nossa Senhora da Conceição na urgência. Pessoa em tratamento quimio terapico devido a um câncer mamário que é submetido a atendimento comum e inicial, tendo que passar por todo o processo daqueles que se apresentam a primeira vez no sistema. Alem de só ter naquele plantão três médicos clínico-geral para atender a mais de uma centena de pacientes com as mais diversas tipologias. O que me achamou a atenção é o fato de a urgência do GHNSC atender agendamentos de outros serviços, a noite e no mesmo local das urgencias\emergencias.
Ainda no dia 3 fui na audiência pública sobre a criação do Instituto Municipal da Estratégia da Saúde da Família (IMESF) de POA, dia 3-02-2011, na Câmara Municipal de Vereadores e cada vez fico convicto que este é um projeto de lei Governista de governantes que não querem o SUS para o povo, tento este importante serviço público como sendo uma simples e desnecessária despesa.
Em 4 de Fevereiro é publicado dois artigos sobre a saúde. Um deles escrito pelo então prefeito de Canoas, Jairo Jorge, " Público ou Privado" que defende a criação de Fundações de Direito Privado para gerir os serviços de saúde afirmando ser esta " a ultima solução para aqueles que defende o SUS" antes que este seja totalmente privatizado. Na mesma página há a publicação do artigo "Desviando a atenção", do Médico Décio Antônio Damin que do alto de sua arrogância focivera contra o governo de Olivio Dutra como sendo o governo "que quebrou a hierarquia" e "popularizou" o que antes era privativo dos médicos como se estes fossem seres supremos, mas mesmo assim aponta a diferença que há entre o pensamento do Governo Olivio que defendia um SUS popular do projeto de tantos como o então prefeito de Canoas, ou de Novo Hamburgo,São Leopoldo,etc... que equivacadamente impõe em seus municípios Fundações que depreciam os direitos dos trabalhadores em saúde possibilitando ao gestor de plantão demitir qualquer servidor que por exemplo não queira a sucumbir as imposições politicas partidárias de ocasião.
Politicas estas muito bem apontadas no artigo "Retrocesso à vista" do médico sanitarista, Lúcio Barcelos, ex-secretario de saúde de Gravatai e de POA de 9-02-2011, ex-petista e atualmente no Psol,a principio.
Outro artigo é o "Gritos estéreis" de 7 de fevereiro, do causidico e articulista de Zh, Cláudio Brito que retrata perfeitamente a visão privatista daqueles que desejam o Estado a seu serviço e pagando muito para serviços de péssima qualidade e sem controle social.
O SUS é uma politica publica típica de Estado e por isso não deve estar sob os rigores da LRF, de cunho privatista,resquício de FHC, que o Governo Lula silenciou e se beneficio dela para manter a dita "economia nas contas públicas" ou de Leis que venham a precarizar os direitos dos trabalhadores em saúde, bem como os usuários do SUS.
E aqueles que defendem a Fundação,Ocip,OS ou ONG para gerir a ESF, visitem o ESF da Restinga, em frente o Corpo de Bombeiro e o ESF da Chacara do Banco para cientificar-se que mesmo privado estes serviços não cumprem com o PSF e onde os usuários são obrigados a irem para a fila de madrugada e os médicos não cumprem o horário e ganham bem mais que seu colega publico em inicio de carreira.
Talvez isso prove que o sistema de contratação não é o problema do SUS. O problema esta na gestão onde o Prefeito e ou o Secretario não teêm coragem de fazer com que o médico atenda a demanda do dia-a-dia. Que as unidades de saúde fiquem de portas abertas, realmente, para a população e que as ESF façam o que deve ser feito, ou seja, visitas domiciliares diariamente como determina o PSF.
MSN: itamarssantos13@hotmail.com
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