Mais um amigo que parte dessa vida. Desta vez foi o Capitão. Era assim que chamávamos o Claudenir Ricardo Pereira, 47 anos, pai de quatro filhos que ficaram nesta noite de 09 de agosto de 2007, sem o paizão, sua esposa, sem marido, sua mãe, sem o filho querido, seus irmãos, sem o mano e nós os amigos de infância e juventude ficamos sem o nosso camarada, e os colegas sem o parceiro do dia-dia.
Era noite de 09 de agosto quando o Sargento da BM, de profissão, saiu da casa de sua mãe e antes de retornar para a sua residência, resolveu passar no Bar da parada 42 para conversar com seus amigos e conhecidos porque era isso que fazia quase todos os dias. E quando menos esperava adentraram no bar dois elementos para assaltar o referido estabelecimento. Nesse momento o Capitão, reagiu dizem as testemunhas; o exame criminal informa de seu revolver saíram 4 balas.
Mas, os bandidos foram mais rápidos e lhe acertaram na cabeça e todos nós impotentes que somos choramos e fizemos um minuto de silêncio pela morte do nosso amigo.
Não quero e não posso deixar-me banalizar frente a mais esse assassinato de um trabalhador que morre tentando cumprir com o seu dever.
Será que nos resta fazer é só um minuto de silêncio?
Tenho certeza que não devemos ficar mais em silêncio, temos que fazer algo com urgência. A sociedade tem que começar a entender que é a miséria e a corrupção que esta nos colocando sem saída.
É a partir das pequenas coisas que podemos interferir nas mudanças que o Brasil precisa fazer, podemos de hoje em diante exigir todos os nossos direitos começando pela exigência da nota fiscal, de salário justo e equipamentos para os policiais, qualificação permanente dos efetivos da BM e da Policia Civil entre tantas outras coisas.
E principalmente denunciar todo e qualquer ato de corrupção que se souber juntamente com a união enquanto classe trabalhadora onde somos nós que estamos levando a pior. Devemos exigir da justiça, justiça, mas justiça mesmo, onde o criminoso será julgado pelo que fez, não pelo valor em que tem em sua conta bancaria.
Nossas autoridades têm que encarar o crime como uma organização que está ramificada por todas as camadas sociais. Ser pobre não deve ser sinônimo de bandido.
Já está mais do que provado que o trafico e o consumo de drogas é sustentado pelos bacanas que freqüentam as altas rodas da nossa sociedade capitalista.
Não é mais admissível aceitarmos que mandem nossos soldados invadirem as favelas atirando para tudo quanto é lado onde a maioria daqueles que morrem são pessoas humildes que trabalham todos os dias para poderem sobreviver, sendo que o verdadeiro bandido está confortavelmente nos escritórios dos grandes centros econômicos do país. Basta que as autoridades competentes para isso planejem suas ações baseadas na inteligência e não somente na força para que venha acontecer.
Perdemos todos com a morte do Capitão, mas amanhã poderá ser um parente seu. Aí você vai esperar isso acontecer?
Indigne-se.
Faça a sua parte!!!!
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sexta-feira, 10 de agosto de 2007
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