O povo brasileiro nem tinha sambado nos sambódromos em fevereiro de 2007 e os recadistas da direita se aproveitavam para criticarem o PAC, plano de crescimento divulgado pelo Presidente Lula.
Esses representantes criticam o plano naquilo que não lhes interessa, criticam que o governo federal vai reajustar o salário mínimo de acordo com o índice de inflação mais o crescimento do PIB, ou seja, tudo aquilo que foi produzido no Brasil no ano anterior.
Criticas como essa comprovam que a classe proprietária brasileira não quer repartir nenhum tostão de seus ganhos com os trabalhadores. Reclamam do governo que as isenções concedidas pelo PAC ao setor privado são insuficientes para estimular o tão esperado crescimento econômico que desde os verdes anos de Delfim Neto, Ministro da ditadura, está sendo aguardado para ser dividido o tal do bolo que nunca cresce.
E foi com ironia que Delfim publicou um artigo onde tenta colocar Lula contra Chaves dizendo que: “Lula nunca foi aprisionado no dogmático marxismo de pé quebrado.” Afirmações como essa são o reflexo do avanço da esquerda na América Latina que tem sua maior liderança na figura de Hugo Chaves, Presidente da Venezuela, seguido pelos Presidentes da Bolívia e mais recentemente do Equador que aplicam em seus países uma economia socialista onde as decisões partem da efetiva participação do povo.
Delfim se esquece de lembrar aos mais jovens que durante os verdes anos da ditadura ele era peça fundamental na aplicação da política econômica que tanto dilapidou o patrimônio público do país e do seu silêncio frente às atrocidades, ainda impunes, realizadas pelos generais da época.
Apesar desses e de outros “formadores de opinião” dizer que Lula entregou-se a “ortodoxia” ou de que ele está “convertido ao mercado”, eles sabem e temem o seu governo, por ser um governante que tem respaldo popular de um país continental, com a maior economia das Américas. Por esses motivos o Governo do Presidente Lula deixa a direta capitalista em sobre saltos constantes, amedrontada com uma possível rebeldia presidencial.
Aqueles, como Delfim, que cobram de Fidel e de Chaves democracia, nos tempos da ditadura bateram palmas para tudo que advinha dela, mas quando se fala em revisar a constituição a favor do mercado é democrático. A favor das maiorias excluídas, é ditadura.
A grande imprensa empresarial faz o jogo dos patrões quando conceitua a democracia, ou seja, a democracia para a direta é igual a ela governando; quando ela não está no governo, é sempre ditadura.
Quando a iniciativa privada desmonta o Estado é democracia. Quando o povo reage elegendo um governo que é contra isso e a favor dos excluídos, é ditadura.
Enfim tudo aquilo que digamos contra aos interesses da classe dominante vai se divulgado pela imprensa como sendo uma falta de democracia, a não ser que a ditadura de Estado seja favorável ao capital como é a economia chinesa que tem um governo comunista que explora seu povo para beneficiar uma casta dirigente e os especuladores da bolsa de valores. A isso a imprensa burguesa informa como se fosse normal, correto e democrático.
Liberdade para eles é: falarem o que quiser dos outros, mas quando os outros falam contra eles é que estão querendo tolher a liberdade de imprensa e, portanto não é democrático, é ditadura.
Fiquem sempre atentas (os) as informações e as opiniões que chegam até você. Faça você o seu julgamento livremente.
Viamão 02 de março de 2007.
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