Onde está?
Quem é?
Desde que o mundo é muito a humanidade
tenta conceituar a loucura, muitos revolucionários foram taxados de loucos e aprisionados
ate a morte ou foram executados em nome de uma sociedade doente.
A loucura
ou insânia é segundo a psicologia uma condição da mente humana
caracterizada por pensamentos considerados anormais pela sociedade.
É resultado
de doença mental, quando não é classificada como a própria doença.
A verdadeira constatação da insanidade
mental de um indivíduo só pode ser feita por especialistas em psicopatologia.
Algumas visões sobre loucura defendem
que o sujeito não está doente da mente, mas pode simplesmente ser uma maneira
diferente de ser julgado pela sociedade.
Na visão da lei civil, a insanidade
revoga obrigações legais e até atos cometidos contra a sociedade civil com
diagnóstico prévio de psicólogos, julgados então como insanidade mental.
Então que loucura é esta que sou
diagnosticado por outra pessoa que só tem a subjetividade como parâmetro para
decidir sobre a minha sanidade???...
Passando pelas “loucuras” de Homero e Sócrates
que definiam a loucura como sendo obra dos “deuses” e que os homens não
passavam de meros bonecos a seu dispor, Hegel
afirmou que a loucura não seria a perda abstrata da razão:
"A loucura é um
simples desarranjo, uma simples contradição no interior da razão, que continua
presente".
A loucura deixou de ser o oposto à
razão ou sua ausência, tornando possível pensá-la como "dentro do
sujeito", a loucura de cada um, possuidora de uma lógica própria.
Hegel tornou possível pensar a loucura
como pertinente e necessária à dimensão humana, e afirmou que só seria humano
quem tivesse a virtualidade da loucura, pois a razão humana só se realizaria
através dela.
Seria Hegel mais um louco???
Em sua
época, creio que estava à frente de seu tempo e séculos se passaram para que ainda
loucura seja tema de estudo com seus avanços e retrocessos.
Nos séculos passados, quando ainda não
havia controle de saúde mental, a loucura era uma questão privada onde, as famílias
eram responsáveis por seus membros portadores de transtorno mental.
Os “loucos” eram livres para
circulação nos campos, mas, nem tudo eram flores. Eles também eram alvo de
chacotas, zombarias e escárnio público.
Foram surgir as primeiras
instituições, no ano de 1841 na cidade do Rio de Janeiro, que era um abrigo
provisório, logo após surgirem outras instituições como hospícios e casas de saúde.
Somente agora no final do século XX é
que a militância por serviços humanizados conseguiu às primeiras implantações
de Centros de Atenção Psicossocial os CAPS após muita luta iniciada
originalmente no movimento chamado de Reforma Sanitária Brasileira da qual
resultou a criação do Sistema Único de Saúde - (SUS), vislumbre-se um novo olhar
para a loucura.
Embalados pela Reforma Sanitária, os
militantes da saúde mental criaram O
Movimento Antimanicomial, também conhecido como Luta Antimanicomial que se refere a um processo de transformação
dos Serviços Psiquiátricos, derivado de uma série de eventos políticos
nacionais e internacionais.
O Movimento Antimanicomial tem o dia 18 de maio como data de comemoração no
calendário nacional brasileiro.
Esta data remete ao Encontro dos
Trabalhadores da Saúde Mental, ocorrido em 1987, na cidade de Bauru, no estado
de São Paulo.
Então neste 18 de maio estaremos
comemorando 26 anos de luta contra o preconceito e a favor da humanização no
atendimento a uma importante parcela da população brasileira que sofre em
silêncio as injustiças sociais ainda cometidas contra elas e aos seus.
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