Em artigo publicado recentemente em O
Sul (http://.sul21.com.br/jornal/) “O
nacionalismo econômico da Era Vargas e o governo Lula-Dilma Rousseff: retomada
de um projeto?”, Cássio Moreira, economista, doutor em Economia do
Desenvolvimento (UFRGS) e professor do IFRS – Campus Porto Alegre http://www.cassiomoreira.com.br/
faz uma analogia histórica entre o trabalhismo de Vargas, João Goulart e o PTB
do século passado com o atual governo Dilma.
Relembra que “Vargas defendia um
projeto baseado no nacionalismo econômico e o Estado Novo trouxe a consolidação
do estado nacional e, dentro do projeto industrializante, as leis trabalhistas
para os trabalhadores da cidade.”.
Resgata que “nas eleições de 1950,
Getúlio concorreu à presidência e voltou ao poder em 1951. Num primeiro
momento, ele começou uma política econômica mais estabilizadora e, depois,
consolidou o nacionalismo econômico, com a criação de estatais como a Petrobras
e o BNDES. Havia, neste período, uma
pressão cada vez maior da mídia, que acusava Vargas de corrupção. Até que,
em 24 de agosto de 1954, Vargas se suicidou, adiando o golpe de Estado que ocorreram
dez anos depois.”.
Quero concordar em parte com o nobre
mestre, pois a nossa Presidenta foi contemporânea deste período onde parte da
esquerda brasileira estava ligada ao trabalhismo de Vargas, herdado por Brizola
e Jango.
De que o projeto de governo de Jango
quando este chega ao Governo brasileiro era algo muito além de seu tempo tendo
em vista a dependência das elites brasileiras aos ditames internacionais e aos
seus próprios interesses locais.
De que o Trabalhismo Brasileiro,
assim como o Trabalhismo mundial se estabelece como sendo um projeto que pode
ser “viável” as elites nacionais, tendo em vista o grande poder politico e econômico
que exercem na sociedade local e mundial.
Neste sentido Dilma resgata este viés
“trabalhista” que teve como formação para utiliza-lo como estratégia de governo,
o que para mim, não passa disso.
Ate porque entendo que os Governos
de Lula e Dilma são parte de um grande processo transitório para um projeto
social onde o conjunto da população brasileira possa compreender que não há
possibilidades de convivência harmoniosa entre o capitalismo e o bem estar
generalizado de um povo.
No momento em que nossa população
compreender essa diferença entraremos em um processo de transformação social
tamanha visando um projeto socialista onde os meios de produção estarão à
disposição da humanidade e não para a sua simples exploração.
Neste período onde a democracia vigente
comandar o espetáculo estaremos em permanente disputa de projeto e assim e por
enquanto um projeto que tenha origem na classe trabalhadora merece o nosso
respeito e apoio.
Isso significa dizer que estamos
atentos “as pressões das mídias sob os
nossos governos” porque isso tem o claro objetivo de criar as condições
para um possível golpe de governo.