A atual crise do sistema capitalista mundial trás para o centro do debate qual (is) o(s) destino(s) da classe trabalhadora mundial e de como os seus representantes mais imediatos, os sindicatos/ sindicalistas, vão se portar frente ao enfrentamento com a classe patronal.
Representantes da classe patronal em permanente lobby aprofundam as pressões ao governo Lula afim de “precarizar” ainda mais as condições de trabalho com o que eles apelidam de “flexibilização” das leis trabalhalistas.
Em recente visita ao Presidente Lula, o Presidente da Vale (Estatal privatiza por FHC), o testa de ferro do capitalismo multinacional, Roger Agnelli apresentou-lhe a proposta patronal de “flexibilização” das leis trabalhistas que segundo ele: “seria temporário, para ajudar a ganhar tempo enquanto essa fase difícil não passa”.
A mais de 20 anos o movimento sindical brasileiro luta por dentro do projeto neoliberal para manter as vagas de trabalho já existente e repor, no mínimo, a inflação do período, luta anulada pela estratégia empresarial de demitir os trabalhadores detentores desse beneficio por novos trabalhadores com salário mais baixo e que não são sindicalizados. Com essa estratégia a classe patronal mascará os índices oficiais de emprego, criando assim uma “bolha” de estabilidade das vagas de trabalho.
Além dessa dificuldade comum no sindicalismo brasileiro, há um problema gerado pela quebra de unicidade sindical, que ao mesmo tempo democratiza os debates no interior da classe trabalhadora, mas traz um ingrediente entreguista uma vez que alguns sindicalistas que dominam sindicatos e suas centrais sindicais não são nada democráticos fazendo “acordos” nefastos à classe trabalhadora.
Esse entreguismo pode-se presenciar quanto, via imprensa patronal, somos informados de que o Presidente da Central Força Sindical Paulinho, também Deputado Federal do PDT de São Paulo, o mesmo que esta sendo acusado de desviar dinheiro do BNDES propõe ao patronato nacional tudo aquilo que os mesmos estão pressionando o governo e a sociedade para conceder-lhes.
A força sindical, central criada pela democracia social brasileira que tem como orientação ideológica o ideário capitalista-neoliberal defendido e difundido pelo PSDB, foi criada pra disputar inicialmente com a CUT e atualmente com as demais centrais de origem classista de esquerda o controle da classe trabalhadora por dentro dos sindicatos.
Com a formação da Força Sindical e adoção de seu projeto chamado de “sindicalismo de resultados” que nada mais é do que a adoção de uma política bonificativa onde a sua base sindical contenta-se com muito pouco em troca de não ser demitido. O sindicalismo brasileiro perde o seu poder de pressão frente à classe patronal que vê nesta central um aliado com poder de persuasão capaz de fazer aprovar propostas de seu interesse.
Aproveitando-se mais uma vez da crise criada pela classe dominante o “sindicalista pelego” Dep. Paulinho antecipa-se e faz coro com seus chefes e apresenta a mesma proposta apresentada por Agnelli e pela FIESP. Proposta que consiste basicamente em reduzir a jornada de trabalho associada à redução salarial, uso do já existente banco de horas, suspensão temporária do contrato de trabalho com a consequente interrupção dos direitos trabalhistas, férias coletivas e licenças remuneradas bancadas pelo dinheiro público.
Nada de novo que não seja de conhecimento de todos e de que não esteja no falido projeto neoliberal.
A Classe Trabalhadora tem que se atentar para lutar sempre em defesa dos direitos já conquistados e de que só mudamos de século, no mais é a mesma prática secular de exploração do capital em relação ao trabalho e ao trabalhador (a).
MSN: itamarssantos13@hotmail.com
Public. no www.melhordetodos.com.br em 16/01/2009
Quem sou eu
Postagem em destaque
Eleição do CES RS
O Nosso Estado.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
A "Força Sindical".
Assinar:
Postagens (Atom)