
Esta outra vez em pauta debates envolvendo o aborto e a sua conseqüente descriminalização.
Este debate esta sendo possível graças ao Presidente – Operário-Lula ter decretado a criação de uma comissão que estudará possíveis mudanças na Lei de Anistia.
Com a promulgação do referido decreto teremos a oportunidade de trazer ao público diversas opiniões que a muito estão sendo veladas ou até mesmo sendo disseminadas como corretas.
Por principio sou a favor da Vida, mas isto não significa ser hipócrita e me posicionar politicamente correto para agradar uma maioria social que por ventura possa ser formada.
A manutenção da criminalização do aborto não nos dá garantias de que não haverá mais crimes contra as mulheres ou a seus filhos.
Temos que ter maturidade e discutir este assunto sem apelos sectários que só tem serventia para manter tudo do jeito que está.
Manter-se uma gravidez indesejada ou até trazer a vida uma criança para depois colocá-la para adoção causará traumas para todo o sempre.
A discussão deve ser centrada é na política de saúde das mulheres que deve ser igualitária e de fácil acesso para toda a população independente da classe social a que pertença.
Defender esta proposta e não se jogar ao mar não significa que seja contra a vida dos embriões, das baleias ou das tartarugas espécie em extinção como aqueles que defendem uma sociedade fraterna, humanitária e socialista para todos os seres humanos.
O Plano Nacional de Direitos Humanos elaborado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos, vinculada ao Ministério da Justiça, se propõe a discutir não só as questões que dizem respeito a assuntos dos tempos da ditadura civil/militar ou ao aborto.
Este Plano abre um grande leque de debates que oportunizará a todos os brasileiros debaterem todo tipo de assuntos que influencie diretamente a nossa sobrevivência e a nossa dignidade humana.
A democracia significa garantir direitos e liberdades que por mais atacada que seja vale a pena lutar contra tradições que queiram nos dizer que estamos errados, mas que não nos oferecem o correto.
A discussão que sempre vem à tona quando se propõe discutir algo polêmico é a de estar-se contra algo e em especial na questão do aborto trazer argumentos apelativos como os religiosos.
Uma coisa não justifica a outra.
Os defensores do aborto podem justificá-los trazendo a tona vários problemas sociais ou até mesmo “o direito das mulheres poderem decidir sobre o seu próprio corpo”.
O aborto ou qualquer outro procedimento de saúde pública não pode ser encarado como um fim e si mesmo, mas em um meio que esteja à disposição para ser usado criteriosamente como é feito no tratamento de moléstias que são diagnosticadas por equipes de saúde e tratadas em conjunto com a usuária que deve ter acesso a todas as etapas do atendimento.
Para que isso seja possível ser construído deve se descriminalizar o aborto e a partir daí estabelecer que este procedimento seja exclusivo da rede pública de saúde fazendo parte de seus serviços, amparados de todos os critérios técnicos e sociais que devem estar de acordo com a usuária destes serviços.
Paradoxal é ser contra ao aborto e favorável a liberação da maconha como muitos arautos do saber o faz.
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