Desde 1998, com a queda da URSS, os ditos comunistas/socialistas ficarão sem norte, sem parâmetro e até os dias atuais ainda batem cabeça atrás de referencias que possam provocar rupturas definitivas no Sistema Capitalista.
Os povos pobres do mundo destruídos por este sistema rebelam-se e através de eleições elegem governos tidos como progressistas e até de ideologia socialista.
Mas ao chegarem no governo, especialmente na Europa governantes socialistas ao invés de radicalizarem nas transformações do sistema capitalista, optaram em reformá-lo através do chamado “capitalismo social” e o seu Estado de bem-estar social (em inglês: Welfare State), também conhecido como Estado-providência, é um tipo de organização política e econômica que coloca o Estado (nação) como agente da promoção (protetor e defensor) social e organizador da economia. Nesta orientação, o Estado é o agente regulamentador de toda vida e saúde social, política e econômica do país em parceria com sindicatos e empresas privadas, em níveis diferentes, de acordo com a nação em questão.
Cabe ao Estado do bem-estar social garantir serviços públicos e proteção à população ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_de_bem-estar_social ).
Mesmo o capitalismo mundial não enfrentando mais oposições, tendo em vista a cooptação dos neo-socialistas e seu Welfare State, o sistema manteve e aprofundou a exploração dos trabalhadores assalariados através da aceleração das inovações tecnológicas o que lhes permite proliferarem a produção em escala geométrica a fim e criando a volúpia consumista nas pessoas que passam a se sentir parte, equivocadamente, da ideologia dominante ficando imersos na condição de proletários consumidores e reféns do sistema capitalista.
Há uma incapacidade generalizada das pessoas dirigentes ou das pessoas comuns em perceberem que essa crise é de sua responsabilidade e não apenas da falência política dos partidos socialistas.
Percebemos uma miopia ideológica de uma parcela considerável da intelectualidade política, socialista ou não, que renunciaram há tempos uma visão critica e transformadora do mundo, optando por uma única saída possível, ou seja, o capitalismo e a sua Democracia.
Apesar da crise financeira mundial, com recomeço no Brasil, e com isso o aumento da desigualdade social e desmonte do Estado de Bem Estar, antes tão ovacionado, há um proposital abandono da consolidação dos conceitos de Trabalho, Capitalismo, Classes Sociais e a Exploração de uma sobre a outra.
Não basta se discutir a desigualdade social e a cidadania sem radicalizar no seu fim. A Presidenta Dilma tem a tarefa de erradicar a miséria alimentar em que vive milhões de brasileiras e brasileiros, mas também tem de acabar com toda e qualquer desigualdade que ainda possa existir no Brasil. E existe.
E sabemos que existem muitas, sob pena de estar cometendo, repetidamente, os meus erros que seus “colegas” (PSOE ou o PS Português) europeus teimam em repetir.
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