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sábado, 27 de dezembro de 2008

Permites-me discordar?

Quem leu o artigo do nobre causídico, Astor Wartchow em 27 de dezembro do ano que se finda irá concordar que a inveja é e sempre será um pecado tido pela humanidade com imperdoável.

A inveja também é um dos fatores que impedem o avanço e a humanização social em uma comunidade ou país.

Lembramo-nos leitores que leram passivamente tal artigo que o gigantismo do Estado brasileiro foi aclamado pelos pares da classe alta quando este mesmo Estado interveio pesadamente para salvar os banqueiros e os grandes do agronegocio que se deram mal nas negociatas resultante da atual crise do sistema financeiro, a qual foi criada pela gula insana da iniciativa privada que atende pelo codinome de “mercado”.

O intervencionismo de Lula e dos demais governantes capitalistas globais socorreram de imediato a inteligência privatista por mais uma vez apesar ter dilapidado milhares de vagas de trabalho em todo o planeta, atirando milhares de famílias na mais profunda miséria as vésperas das festividades do nascimento de Jesus Cristo.

Aquele mesmo que há 2008 anos atrás teve que fugir dos poderosos ainda no santo ventre de sua mãe por ser o maior líder popular que se teve noticia.

A inveja está presente nos altos círculos sociais do capitalismo que não admite ser governada por um Presidente Metalúrgico, o qual retira todos os dias milhares de pessoas da miséria absoluta, coisa que a iniciativa privada não quer ver porque isto significa diminuição do seu exercito privado de miseráveis apostos para trabalhar por uns reles trocados de real.

Quem desta classe social pode acusar os órgãos públicos de serem corruptos, pois até o mais passivo dos alienados deste país sabe que a corrupção é a principal ferramenta utilizada pelos privatistas golpistas de plantão para se manterem no comando dos negócios.

Negócios e negociatas mantidas a “peso de ouro” nos irreais investimentos das “bolsas de valores”.

A inveja está presente na classe dominante e sempre pronta para impedir os avanços sociais por não suportarem ver a inclusão de milhões de pessoas no “mercado real” a partir dos programas do Governo Federal como o Bolsa Família e o Pró-uni que dão condições a estas pessoas tornarem-se independentes para caminharem sem nenhuma muleta governamental ou de alguma organização especializada em filantropia social.

A inveja está latente no seio da classe privatista por ter que admitir que o então “sapo barbudo” do passado estar entre as figuras mais influentes do mundo, fato este impossível de esconder daqueles mais alienados ideologicamente.

A sapiência intelectual tida como propriedade por aqueles que valorizam somente o que advém do privado, o que não o impedem de colocarem seus herdeiros na UFRGS por ser esta uma das melhores Universidades do Brasil, não consegue explicar como um de seus lideres, guru dos lucrativos investimentos, pessoa de ilibada ética e de refinada moral possa ter praticado o maior golpe já visto na histérica atividade financeira. Fato que deixo no chinelo o ladrão do trem pagador inglês.

A inatingível inteligência dos experientes investidores no mercado de capitais de nada serviu para impedir que o até então Guru do privatismo mundial, Bernard Madoff, praticasse o maior roubo já praticado no globo financeirizado, que segundo o governo dos EUA, o golpe chamado de “pirâmide financeira” lhe redeu mais de 60 bilhões de dólares.

Quem são os verdadeiros paranóicos e esquizofrênicos?
Paranóia (do grego antigo παράνοια, "loucura", composto de παρα-, "desordem" e do tema afim a νοῦς "mente") é uma psicose que se caracteriza pelo desenvolvimento de um delírio crônico (de grandeza, de perseguição, de zelo etc.), lúcido e sistemático, dotado de uma lógica interna própria, não estando associado a alucinações. A paranóia não acarreta o deterioramento das funções psíquicas externas à atividade delirante. Estas duas últimas características a distinguem da esquizofrenia paranóide.

Já a esquizofrenia é uma doença mental grave que se carateriza classicamente por uma colecção de sintomas, entre os quais avultam alterações do pensamento, alucinações (sobretudo auditivas), delírios e embotamento emocional com perda de contacto com a realidade, podendo causar um disfuncionamento social crônico.

Sabendo destes conceitos cientificos destas duas molestias da humanidade poderemos disernir quem são os alucinados nesta sociedade.

Ainda não nos permitimos viver em um Estado gigantesco que impedisse de sobrevivermos ao lado de miseráveis que morrem de fome ou morrem por terem comido barro com margarina fritos ao sol escaldante do Haiti.

Mas, somos obrigados a sobreviver sob o julgo do Estado minimo defendido pelos inteligentes privatistas causadores de todos os males de lesa humanidade que este sistema proporciona onde o objetivo central é o lucro.

Lucro este controlado e usufruidos por poucos e que nunca corrigiu nenhuma deformação social profocada pela ganacia financeira a qual tanto deforma a humanidade.

Suponhamos que os “empreendedores” privados fossem criativos o suficiente e socializassem uma pequena percentagem de seus faraonicos lucros; não haveriam pobres no Brasil e no mundo.

Suponhamos que a liberdade das atuais conceções estatais nas areas de rodovias, portos e aviação, exploração de minerais entre tantas fossem em beneficio da maioria do povo brasileiro, não haveria a necessidade de se lutar por um mundo mais justo socialmente, pois toda a liberdade concedida ao poder privado estaria a serviço de todos.

Mas, infelizmente por mais liberdade que os privatistas dipuserem nunca estará a serviço público pois sua genetica impede-os de se livrarem da paranóia lucrativa e da esquizofrênica ansia de ganhar cada vez mais sem nenhum custo.

Paranóico e esquizofrênico é o diagnostico apropriado a todo aquele que tem a coragem e consciência de defender o sistema vigente, pois este sistema é excludente, desumano e injusto por natureza.

MSN: itamarssantos13@hotmail.com

Publicado no www.melhordetodos.com.br em 27/12/2008.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'

'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'



Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'.

Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro.

Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.

Plínio Delphino, Diário de São Paulo.


O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'.

Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.

Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:

'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.

Apesar do castigo do sol forte, do trabalho pesado e das humilhações diárias, segundo o psicólogo, são acolhedores com quem os enxerga. E encontram no silêncio a defesa contra quem os ignora.


Diário - Como é que você teve essa idéia?

Fernando Braga da Costa - Meu orientador desde a graduação, o professor José Moura Gonçalves Filho, sugeriu aos alunos, como uma das provas de avaliação, que a gente se engajasse numa tarefa proletária. Uma forma de atividade profissional que não exigisse qualificação técnica nem acadêmica. Então, basicamente, profissões das classes pobres.


Com que objetivo?

A função do meu mestrado era compreender e analisar a condição de trabalho deles (os garis), e a maneira como eles estão inseridos na cena pública. Ou seja, estudar a condição moral e psicológica a qual eles estão sujeitos dentro da sociedade. Outro nível de investigação, que vai ser priorizado agora no doutorado, é analisar e verificar as barreiras e as aberturas que se operam no encontro do psicólogo social com os garis.

Que barreiras são essas, que aberturas são essas, e como se dá a aproximação?


Quando você começou a trabalhar, os garis notaram que se tratava de um estudante fazendo pesquisa?

Eu vesti um uniforme que era todo vermelho, boné, camisa e tal.

Chegando lá eu tinha a expectativa de me apresentar como novo funcionário, recém-contratado pela USP pra varrer rua com eles. Mas os garis sacaram logo, entretanto nada me disseram. Existe uma coisa típica dos garis: são pessoas vindas do Nordeste, negros ou mulatos em geral. Eu sou branquelo, mas isso talvez não seja o diferencial, porque muitos garis ali são brancos também. Você tem uma série de fatores que são ainda mais determinantes, como a maneira de falarmos,

o modo de a gente olhar ou de posicionar o nosso corpo, a maneira como gesticulamos.. Os garis conseguem definir essa diferenças com algumas frases que são simplesmente formidáveis.


Dê um exemplo.

Nós estávamos varrendo e, em determinado momento, comecei a papear com um dos garis.

De repente, ele viu um sujeito de 35 ou 40 anos de idade, subindo a rua a pé, muito bem arrumado com uma pastinha de couro na mão.

O sujeito passou pela gente e não nos cumprimentou, o que é comum nessas situações. O gari, sem se referir claramente ao homem que acabara de

passar, virou-se pra mim e começou a falar: 'É Fernando, quando o sujeito vem andando você logo sabe se o cabra é do dinheiro ou não. Porque peão anda macio, quase não faz barulho. Já o pessoal da outra classe você só ouve o toc-toc dos passos. E quando a gente está esperando o trem logo percebe também: o peão fica todo encolhidinho olhando pra baixo. Eles não. Ficam com olhar só por cima de toda a peãozada, segurando a pastinha na mão'.


Quanto tempo depois eles falaram sobre essa percepção de que você era diferente?


Isso não precisou nem ser comentado, porque os fatos no primeiro dia de trabalho já deixaram muito claro que eles sabiam que eu não era um gari.

Fui tratado de uma forma completamente diferente. Os garis são carregados na caçamba da caminhonete junto com as ferramentas. É como se eles fossem ferramentas também. Eles não deixaram eu viajar na caçamba, quiseram que eu fosse na cabine. Tive de insistir muito para poder viajar com eles na caçamba. Chegando no lugar de trabalho, continuaram me tratando diferente.

As vassouras eram todas muito velhas. A única vassoura nova já estava reservada para mim. Não me deixaram usar a pá e a enxada, porque era um

serviço mais pesado. Eles fizeram questão de que eu trabalhasse só com a vassoura e, mesmo assim, num lugar mais limpinho, e isso tudo foi dando

a dimensão de que os garis sabiam que eu não tinha a mesma origem socioeconômica deles.


Quer dizer que eles se diminuíram com a sua presença?

Não foi uma questão de se menosprezar, mas sim de me proteger.


Eles testaram você?

No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num

grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse: 'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.

Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.


O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?

Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu.. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da

cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.


E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?

Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se

aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse

passando por um poste, uma árvore, um orelhão.


E quando você volta para casa, para seu mundo real?

Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito

que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa

deles nas periferias.. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.

Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo

nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.


*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!

Itamar Santos

MSN:itamarssantos13@hotmail.com

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Saúde: Um Direito visto como despesa.

No Artigo 196 da Constituição Federal está consagrado: “A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.”

Por ser um Direito a saúde pública está garantido para ricos e pobres independente de raça, crédulo ou paixões clubisticas, tendo que sermos atendidos em hospitais e nos postos de saúde sem desembolsar nada.

Ao mesmo tempo em que não pagamos nada no ato do atendimento isso não significa que este serviço seja grátis ou algo filantrópico, mera caridade daqueles auto intitulados de filantropos apesar da hipocrisia que os denuncia.

A Saúde grafada na Constituição Federal está longe de existir na sua plenitude aja vista a fenomenal crise porque passa o SUS em todo o país. Mesmo com esse quadro desalentador é este sistema que sustenta a maioria dos tratamentos de baixa a alta complexidade estando por detrás de todos aqueles chamados de “filantrópicos” com os repasses de cada procedimento realizados, de cada esparadrapo gasto.

Isto sem contabilizar os milhões de reais em isenções de tributos dados para que estes estabelecimentos ofereçam um serviço digno aos seus usuários, os verdadeiros pagadores desses custos bem como do lucro advindo desse serviço.

A saúde brasileira sempre foi relegada a sua própria sorte e graças aos trabalhadores e trabalhadoras que apesar de tudo são os verdadeiros militantes desta causa fazendo verdadeiros milagres para manter um serviço digno.

Dinheiro todos nós sabemos que há, sabemos também que falta é vontade política de nossos governantes para aplicar estes recursos na saúde pública, pois a Emenda 29 da C.F garante a origem destes recursos.

Mas, infelizmente há uma prática vigente onde inclui a Saúde como sendo um pesado custo para a sociedade.

Por isso sempre é bom lembrar que se há dinheiro; esse dinheiro tem que chegar até os serviços de saúde desvinculados de qualquer artifício como os colocados pela Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF que limitam os gastos como os servidores públicos em 54% dos orçamentos municipais empurrando os serviços de saúde para as mãos gananciosas da terceirização extremamente desqualificada.

Se há problemas orçamentários, principalmente, nos governos federais e estaduais é na saúde que vem o maior corte.

Isto acontece para pagar os juros de uma divida que já foi paga varias vezes, dando para essa desfaçatez o nome de “superávit primário”.

Por causa desta prática nada caridosa vemos no Brasil o retorno de doenças a mais de 50 anos erradicadas, como a febre amarela e a dengue alem das filas intermináveis dos postos de saúde até para as cirurgias hospitalares que na maioria dos casos causa a morte prematura dos pacientes.

A partir deste quadro podemos perceber qual é o grau de importância que os governos dão a saúde do povo.

Cabe ao Município através de seu Secretário de Saúde e de seu Prefeito em conjunto a população adotarem uma ampla campanha em defesa da saúde publica que inclua:

# a imediata correção imediata da tabela de procedimentos do SUS;
# pela aplicação efetiva da Emenda 29 pela União e pelo Estado e pelo fim da vinculação dos gastos com os salários dos servidores da saúde impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.


Somente com a desvinculação dos gastos com os salários dos servidores da saúde o Município de Viamão, por exemplo, poderia contratar via concurso publico todos os servidores para as 52 equipes do Programa de Saúde da Família-PSF, no mínimo, e os agentes de combate ao mosquito da dengue entre tantos outros que atualmente só podem ser contratados temporariamente ou por terceirizadas.

Imposição típica da LRF que oculta uma conhecida pratica liberal que direciona o dinheiro publico para os bolsos capitalistas.

Infelizmente num mundo globalizado pela exploração do homem pelo homem em nada nos favorecem termos no Brasil 118 faculdades de medicina, pois a maioria destas fábricas de “doutores”, entre elas estão às públicas, forma profissionais interessados em adquirir sua renda pessoal e status social sem nenhum compromisso ético de servir a saúde do povo.

Esta triste realidade será transformada no momento em que o povo perceber que a transformação faz parte da sua ação, da sua luta por mais saneamento básico, por água potável, pelo respeito ao meio ambiente e pela exigência de cumprimento de seus direitos.

Itamar Santos.

itamarssantos13@hotmail.com

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Solidariedade a Santa Catarina.

A Cruz Vermelha Brasileira, em atenção às vítimas da recente tragédia que se abateu sobre as famílias do Estado de Santa Catarina mobiliza Federação Internacional e lança neste momento sua Campanha de Arrecadação para o socorro das populações atingidas nas áreas de risco daquele estado.



A Federação Internacional da Cruz Vermelha e o movimento internacional do Crescente Vermelho já enviaram uma delegada para apoio das ações da Cruz Vermelha Brasileira nesta tragédia ocorrida em Santa Catarina, que despertou um sentimento de solidariedade em todo o País. Diversas organizações, empresas e pessoas físicas estão se mobilizando para assistência às vítimas.



Porém, é necessário que o sentimento de solidariedade se transforme em ações e que as doações se concretizem, não apenas em espécie, mas também em dinheiro que em qualquer quantidade ou valor serão bem vindas.



Necessitamos prioritariamente de kits de higiene/limpeza, água, alimentos não perecíveis a serem encaminhados para às milhares de pessoas desabrigadas. As doações destes materiais podem ser entregues nas Filiais da Cruz Vermelha de sua cidade e nos endereços indicados pela Defesa Civil.



Necessitamos de sua colaboração nesta causa, veiculando as reais necessidades daquela população atingida, bem como direcionando a Cruz Vermelha Brasileira às empresas colaboradoras na área de transporte, suprimento e logística de modo a criarmos uma ação integrada e sinérgica.



Contribua com esta campanha



A Cruz Vermelha possui uma conta bancária específica, sob supervisão do Poder Judiciário, para as doações destinadas ao socorro das vítimas de Santa Catarina.



Doações podem ser feitas por depósito bancário ou DOC (é necessário mencionar o CNPJ da Cruz Vermelha Brasileira - CNPJ: 33.651.803/0001-65).



Efetuado o depósito, pedimos que seja enviado um e-mail à Cruz Vermelha Brasileira, no nome de Antônio Espiñel Moreira - Diretor Tesoureiro (cvbrasileira@terra.com.br) informando o nome do doador e o valor depositado.





CRUZ VERMELHA BRASILEIRA



CNPJ: 33.651.803/0001-65



BANCO DO BRASIL



AGENCIA: 2865-7



CONTA: 400087-0



--
Wesley Fasollo
Communications Manager / Gerente de Comunicação
Cruz Vermelha Brasileira
Bazilian Red Cross
21 2221-0658 - ramal 29
21 7127-1440


itamarssantos13@hotmail.com

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Novelas...

Ou “merchandising político.”
Durante a ditadura militar a cultura popular e seus produtores militantes se utilizavam de metáforas para burlar a crivo ditatorial da época e assim poderem expressar suas opiniões e denunciar as atrocidades cometidas pelos generais do sistema.

Assim eram nas musicas de Chico Buarque, Milton Nascimento e de tantos outros que por meio de suas musicas passavam mensagens de esperança ao povo torturado e oprimido por longos anos.

Passaram mais de 40 anos deste triste período e este artifício, antes usado por aqueles que lutavam por democracia, agora é utilizado pela grande mídia empresarial que seleciona aspectos da vida social e trata deles de forma apaixonada, visceral, pelas ações e conflitos de um grupo de personagens.

É dessa forma que o Brasil real emerge, com mais clareza, menos traumático ao invés do caos entorpecente do noticiário.

As telenovelas em geral buscam realismo em suas tramas, ainda hoje, como há quase 40 anos, o principal produto da televisão brasileira pelo volume de audiência, faturamento comercial e importância na estrutura da programação.

Amparadas pela imensa audiência as redes de TVs se utilizam deste expediente para atuar sobre a população a fim de alienar um numero maior de tele noveleiros possível, através da busca sonhadora de que um dia poderá ser ou viver como os galãs e as atrizes famosas da TV.

As novelas se tornaram um instrumento importante de introdução ideológica em horário nobre como se pôde perceber no capitulo que foi exibido no dia 4 de outubro deste ano na novela ‘A Favorita’, da Rede Globo. O diálogo entre as personagens de Claudia Raia e José Mayer foi uma bela metáfora ou ‘merchandising social’, como queiram, a favor das empresas como a Aracruz Celulose e a Stora Enso.

Na cena o personagem de Mayer resiste em vender seu lote de terra para a exploração de eucalipto para uma empresa de celulose de propriedade do personagem do ator Mauro Mendonça o que a personagem de Claudia Raia diz: “Que que tem? Todo mundo precisa de papel” e “pelo que sei, são tudo 100% reflorestado” numa clara omissão por parte do escritor da novela e da Rede Globo de TV em não informar que na vida real empresas como estas são acusadas de corrupção e condenadas por desmatamentos ilegais.

Além dessa clara opção ideológica pelas indústrias papeleiras a indústria de entretenimento introduz por dentro da trama fictícia comerciais de todo o tipo de produtos.

Os quais mecanicamente, as pessoas passam a consumir desnecessariamente somente porque é consumido pelos personagens da novela das seis, sete, nove, e das dez que estrategicamente são os ditos horários nobres que compreende o período em que as famílias retornam as suas casas vindas da escola e do trabalho.

Ao transformarem os enredos em verdadeiras peças publicitárias, agora os escritores introduzem, obedecendo a seus patrões, os quais não satisfeitos em terem seus produtos consumidos por bilhões de telespectadores passam a introduzir aspectos da ideologia dominante, produzindo o chamado “merchandising político”.
Isso fica claro nesta novela e nas anteriores como Duas Caras que teve um perfil de regressão geral no debate democrático e de fortalecimento do "pensamento único", ou do pensamento conservador que a máquina coordenada da mídia quer fazer passar por verdade universal.

A proibição, mesmo que negada,da diversidade no jornalismo é fato notório, desde que os grandes veículos deixaram de ter em seus quadros gente das mais variadas tendências ideológicas, preferindo dar espaço a uma infinidade de vozes que, com raríssimas exceções, apenas ecoam o pensamento liberal e fazem proselitismo de seu ideário, em absoluta sintonia com a perspectiva patronal.

Agora se percebe que os colunistas de política e economia, os editorialistas, os articulistas amigos e demais zeladores do pensamento único ganharam a companhia dos autores de telenovelas. Ou, ao menos de um peso-pesado entre eles, o consagrado Aguinaldo Silva, regente da orquestra de redatores da rede globo.

Mas, a Rede Globo não está mais sozinha neste rendoso mercado.

No mesmo horário a Rede Record estabelece uma forte concorrência com a continuação da novela “Caminhos do Coração - Os Mutantes” que esta carregada de efeitos especiais e de seres quiméricos.

Efeitos estes muito utilizados nas produções norte americanas como X-Men, Heroes, Guerra nas Estrelas entre outras do tipo.

A Rede do “Bispo” trás através desta pesa de ficção temas que devem ser observados na sutileza em que são abordados pelo grupo de escritores.

Nesta faze a novela aborda uma pretensa dominação da terra por seres extraterrestres chamados de “Repitilianos” que para os ufólogos seria possível de acontecer.

Na trama estes seres estão em busca de água e para isso escolhe o Brasil como país base desta invasão por ser um país que está entre os mais ricos deste bem em todo o mundo.

Apesar de ser uma novela deslocada da vida real o seu enredo aborda temas importantes como a questão da escassez da água, a questão da transgenia e da mutação de seres vivos que explorada por pessoas inescrupulosas podem causar sérios males na vida real.

A novela aborda a luta entre os policiais do bem e aqueles que seguem a linha de que “bandido bom é bandido morto”, representados na trama por “vampiro bom é vampiro morto”.

Nossas opções estão monopolizadas nas mãos de algumas famílias que controlam as telecomunicações no país, portanto temos que estar atento aquilo que nos fazem assistir.

Itamar Santos.

Publicado em 03/12/2008 no www.melhordetodos.com.br

itamarssantos13@hotmail.com

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Classes Sociais.

A divisão da sociedade em classes sociais é um antigo artifício utilizado pelos capitalistas para gerarem uma permanente disputa entre as pessoas.

Há pessoas que tem renda familiar de R$ 3.000,00 mensais e se dizem de classe média alta apoiada por “estudos” que apontam esta faixa salarial como sendo incluída nesta parte da pirâmide social.

Na verdade esta faixa só serve para que seja taxado pelo Imposto de Renda em 27%, imposto este que deveria ser chamado de “Imposto de Salário”, pois imprime uma taxação na classe assalariada desproporcional se comparada com a minoria que vive de “renda”, a verdadeira classe alta.

Por isso a urgência de se fazer uma verdadeira reforma tributária no Brasil onde o Importo de Renda seja cobrado proporcional ao lucro e não como é hoje, sobre o salário.

Projeto este que está parado no Congresso Federal sem que seja votado, pois ira influir no lucro daqueles que estão no topo da pirâmide social.

Apesar de ter diminuído o numero de miseráveis desde o ano de 2003, graças às políticas sociais implementadas pelo Governo Federal (PT) onde ocorreram aumentos do salário mínimo acima da inflação, aumento do numero de empregos com carteira assinada, entre outros, que proporcionaram uma queda de 39,6% em 2002 para 20,1% em 2007 de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio (PNAD).

Mas, estes estudos incluem pessoas como sendo de classe media-media ou media-alta aquelas que recebem salários entre R$ 1.482,00 a 2.965,00, seguindo a mesma lógica perversa de se utilizarem desses indivíduos para manterem a concorrência entre os seres humanos e assim introduzirem sentimentos inverídicos nestas mentes que “se acham” superiores aos demais, mas na real está na mesma classe social.

Essas pessoas se acham que estão em um nível social, mas não estão. Seu status é mantido como o saldo do cheque especial no limite, anda de carro com parcelamento em longas prestações e o carro é chamado de popular.

E mesmo assim esta gente se acha o máximo e não percebe que é explorado pelo seu patrão, o qual lucra bilhões com o seu trabalho e paga proporcionalmente o mesmo imposto do que esta pessoa que não deixa de ser um trabalhador assalariado diferenciando-se daqueles que recebem a bolsa família porque ainda não foi demitido.

Sua ignorância e arrogância não lhes permitem perceber que o seu adversário imediato não está no governo Lula o qual realiza um trabalho social direcionado aos miseráveis porque estes não têm trabalho, negado por aquele da classe alta, detentor dos meios de produção, ou seja, são os ricos que não tem interesse em dar trabalho aqueles que necessitam de trabalhar.

Esta pratica mantém uma enorme distância financeira entre as pessoas proporcionando uma forte concentração de renda nas mãos de poucos, os quais não são molestados, pois entre eles e os miseráveis, estão os da classe média que se acha e fica bravo ao ver os miseráveis saírem minimamente da miséria absoluta.

Querer solidariedade de rico é ser ingênuo, mas o que falta a classe média é ser mais fraterna com os que têm menos do que ela e se unir a estes para juntos conquistarem uma vida mais digna e fraterna.

Unir-se para exigir do Presidente Lula que pressione os congressistas a realizarem a reforma tributária que taxe o lucro ao invés de taxar os salários e exigir dos ricos que repassem aos salários os mesmos índices que são majorados aos seus produtos.

Só isso já seria um grande avanço para uma classe que teve acesso a muitas coisas em relação a aqueles que sobrevivem da caridade governamental ou de seus iguais.

Itamar Santos
ver.itamarsantos@bol.com.br

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Acabaram as férias.

Ótimo!

Acabaram as férias do L.F Veríssimo, teremos mais uma coluna escrita com inigualável clareza na abordagem dos fatos.

Quisera que todos que se dizem inteligentes fossem burros como ele quando esta de férias.

Os jornais e os jornalistas informariam bem melhor os seus leitores que garantem seus empregos.

Durante as suas merecidas férias a grande mídia esteve e está inundada de matérias referentes às eleições brasileiras e das norte americanas, com obvia predominância para as ultimas.

Outro tema que esta ocupando generosos espaços midiáticos são as noticias sobre a crise econômica a qual como a AIDS infectou todo o mundo.

Dizem que sempre quando as coisas estão ruins a algum aprendizado e para isso esta crise está servindo. Com ela confirma-se que os ricos nunca podem perder porque se não eles irão demitir os trabalhadores seguindo uma lógica perversa onde quem pode perder são os pobres.

As obviedades não param por aí.

Lá nos EUA também são os pobres e assalariados que estão perdendo com mais esta crise, principalmente os negros e imigrantes latinos ilegais os quais são a maior parcela da população atingida, ou seja, a escravidão não acabou tanto lá como aqui.

Há uma tentativa de nos fazer crer que essa crise é culpa daqueles sonhadores em obter a casa própria.

Segundo as informações este sonho se transformou em um pesadelo haja vista que uma casa com dois quartos e um banheiro custava 200 mil dólares e hoje tentam vende-la por 120 mil dólares, mas não há compradores. (dólar=2,16 reais)

Muitos destes trabalhadores não conseguindo vender o imóvel acabaram abandonando por não poderem pagar indo morar com familiares, quando os tem.

Um aluguel em Miami é de 600 dólares por mês; o quilo da picanha é de aproximadamente 8 dólares; valor que nós pagamos aqui um bom rodízio em uma churrascaria.

Contasta-se que a exploração é uma prática nas terras do Tio Sam.

Aqui na terrinha varonil mesmo que o Presidente Lula diga acertadamente que as empresas que praticaram a “jogatina” merecem o “castigo”, ou seja, deva arcar com os prejuízos, o BNDES liberou 4 bilhões de reais ao setor da construção civil; o Banco Central entregou 1,6 bilhões de dólares das reservas do país a quatro bancos financiarem as empresas exportadoras com juros de 4% ao ano.

Isto póooode!!!

Apesar de todas essas benesses oferecidas pelo governo federal, ainda há representantes empresariais pressionando para que o governo libere mais recursos para “amenizar” seus prejuízos, leia-se redução de lucro.

Infelizmente vivemos num país em que a Constituição Federal é lembrada somente quando os ricos estão à mercê de sua própria ganância e com isso estão impedidos temporariamente de lucrarem o que pretendiam. Deveriam estes que se arvora em citar a Constituição a fim de obrigar o governo a ceder mais recursos para cobrir mais esta pirataria do capital financeiro, ler o Título II, Capitulo 5. 6 e 7 e cumpri-los em sua integra para termos uma vida mais humana aqueles que sobrevivem neste rico pobre país.

Conforme dados da FGV registro-se nova onda de aumentos de preços no atacado onde o IGP-M de 10 de outubro atingiu 9,4%, em 2008, de inflação e no acumulado dos últimos 12 meses foi de 12,1%.

É bom lembrar aos burros por opção de que o IGP-M é o índice mais utilizado nos reajustes dos contratos de alugueis e das tarifas, enquanto os salários, quando são majorados, os índices utilizados não ultrapassam 7%, ou sela, aos ricos tudo e aos pobres nada.

Esta passada à hora dos grandes empresários e os banqueiros deste País e do mundo assumirem o risco de suas jogatinas arcando com as conseqüências e deixarem de lucrarem em cima dos desprovidos.

Se não for pedir muito!!!!

Ao bradarem aos quatro cantos do planeta que o capitalismo é o sistema mais democrático e por si só se auto gestiona chegou o momento de banqueiros e empresários acordarem a divisão dos prejuízos advindos desta crise e democraticamente dividirem os prejuízos provocados pelos ”derivativos e pelos contratos cambiais no mercado futuro”.

Quando terem esta atitude responderam a seguinte questão:

What is the good of that?

Ou renda-se concordando que a ganância de ambos não permite este fio tênue de solidariedade entre seres humanos.
Até a próxima crônica, Veríssimo.

ver.itamarsantos@bol.com.br


Publicado no www.melhordetodos.com.br em 40/11/2008.

sábado, 1 de novembro de 2008

Um Partido Eclético?

Este partido político é um dos mais antigos do Brasil.

Tá difícil de descobrir?

Vou lhes dar mais algumas pistas então!!!

Existe desde o golpe militar de 1964, quando serviu como uma espécie de guarda-chuvas para vários políticos se abrigarem nele, apesar desses ser domesticados para não molestarem o sistema e ainda servirem de propaganda a “democracia” da ditadura militar.

Deve ser vicio de origem, pois atualmente vive grudado no poder igual a uma grande sangue suga.

Afeito a cargos políticos que rendam polpudos recursos financeiros sempre encontraremos seus caciques ocupando verdadeiros latifúndios regados pelo dinheiro do contribuinte.

Seus ocupantes ocupam esses cargos durante todo o mandato, pois os governos de quem são aliados se vêem refém da gula insaciável deste partido.

Sua lógica frente às eleições é a de esperar para ver quem vai ser o ganhador e aí negociar uma fatia do tamanho de sua voraz gula no próximo governo.

Seus “negociadores” são hábeis na arte da chantagem política e nas vésperas das eleições presidenciais sempre dão sinais de independência como as que já estão dando nas eleições para as presidências do Senado e da Câmara dos Deputados sem nunca se afastarem dos cargos ofertados pelo governo federal.

Que isso fique bem entendido, Né!!!

Em todas as eleições presidenciais que já tivemos, eles fazem um “H” que terão candidato próprio, mas não passa de mais um blefe que todos os outros partidos caem.

Por ser um partido de vários caciques regionais que se mantém na política através da imposição do dinheiro e em muitas regiões chegam a formar enormes currais eleitorais mantidos pelo medo.

Esta pratica faz com que este partido seja o maior do Brasil, possuindo a maior bancada na Câmara dos Deputados, no Senado, na maioria das Assembléias Legislativas Estaduais e nas Câmaras Municipais, o maior numero de Prefeituras e Governos Estaduais.

Por ser uma verdadeira confederação de interesses este partido poderá até vir a compor na futura chapa a Presidência da Republica em 2010, mas com certeza ocupará cargos no governo do vencedor mesmo não tendo participado da campanha eleitoral.

Seus caciques muito espertos que são, usa de uma velha tática política.

Dividem-se e o apoio fica meia boca, mas na hora de comer a boca é inteira.

Este é um retrato muito antigo e apesar de mostrar o seu real fisiologismo e a corrupção praticada esse partido se mantêm forte e firme alimentando a gula de seus caciques abençoados pelo voto do povo num ato de concordância com esta pratica apesar de condená-la contraditoriamente.

O único remédio para que acabemos com isso na política brasileira passa por uma ampla mobilização popular que exija uma grande reforma política no Brasil.

Reforma que termine com as coligações partidárias, que introduza a fidelidade partidária, acabe com a reeleição majoritária e estipule apenas dois mandatos no mesmo cargo legislativo consecutivos, estabeleça o financiamento publico de campanha através de uma emenda a Constituição Federal proposta pelo povo como determina o dispositivo constitucional da Iniciativa Popular.

ver.itamarsantos@bol.com.br

Vencedores e Vencidos.

Já dizia o velho Dino Sane técnico de futebol “em futebol a gente ganha, perde ou empata”.
Na política não há empates, mas nem todos os vencidos são perdedores devido à criação das coligações partidárias.

Odiadas por uns e tão amadas por outros, geralmente aqueles que ganham, com raras exceções.

Com a liberação das coligações o cenário político brasileiro tornou-se um grande composto gelatinoso ao sabor daqueles que o compõe, ou seja, os ingredientes foram previamente acertados e a receita desta culinária política é guardada a sete chaves.

Neste angu quem sai perdendo, como sempre, é o povo por ser abobalhadamente alienado e acessível à corrupção, às vezes sendo o proponente.

Perde por não tomar partido e por fazer a escolha pela embalagem em detrimento do conteúdo, perde porque não vê suas necessidades mais urgentes realizadas durante os quatros de mandato dos eleitos democraticamente com o seu voto.

Prova disso está no elevado índice de abstenções (18,09%) em todo o Brasil neste segundo turno que em síntese tinham-se duas visões de cidade para que o povo escolhesse.

Vejamos Viamão como exemplo: Total de eleitores= 153.660; Comparecimento para Votar= 132.399; Votos Válidos= 111.527 (descontados os nulos e os brancos); Votos Nulos= 7.738; Votos Brancos=13.134 e Abstenções= 21.261(eleitores que não foram votar).

Ao somarmos os votos nulos, em branco e as abstenções teremos um total de 42.133 eleitores ou 27,44% do total de eleitores aptos (153.660) com essa quantia se elegeria o Prefeito e mudaria consideravelmente a composição da Câmara de Viamão.

A rejeição dos eleitores contida nestes passa pela política de alianças adotada não só aqui, mas em todo o país onde partidos com histórico de antagonismo ideológico se aliançaram meramente por questões pontuais e administrativas.

No mesmo momento que aqui em Viamão o PT se coliga com o PTB contra o PP, em Alvorada e Canoas o PT se coliga com o PP contra o PTB e vice-versa e em Porto Alegre todos contra o PT.

Dizem os “especialistas” que são “ecléticos” os partidos que consegue essa façanha de se camuflar como um camaleão conforme a onda.

Ainda segundo os “de-formadores” de opinião o partido mais eclético destas eleições foi o PP que ganhou em Pelotas co Fetter Jr., em Canoas com a Vice Beth Colombo na chapa de Jairo Jorge do PT e em Porto Alegre apoiando Fogaça no segundo turno. (eclético é: Ausência de discernimento, ser não pensante, sem posição definida, ser que gosta de tudo).

O povo vê em não ir votar ou nulo e em branco, formas de protestarem contra este tipo de fazer política.

Mas infelizmente este protesto não gera eco, pois legitima este sistema eleitoral totalmente antidemocrático ao invés de protestar para o fim deste modo e conquistar um novo processo eleitoral onde sejam privilegiados Partidos e políticos que defendam programas amplamente discutidos com a população estabelecendo assim o fim destas coligações que em nada dignificam a democracia brasileira.

ver.itamarsantos@terra.com.br

Publicado no www.melhordetodos.com.br em 01/11/2008.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Defensores de um Sistema Perverso.

Uma primavera nada boa aos auto denominados geradores da riqueza mundial.

No principio do mês de outubro milhares de dólares e euros foram pulverizados da noite para o dia, seguido de anúncios de liberação de “pacotes” para resgatarem a credibilidade dos maiores bancos internacionais.

Na Alemanha a liberação chegou a ser de 470 bilhões de euros; no Reino Unido foram 37 bilhões de libras ou 64 bilhões de dólares; na Áustria 100 bilhões de euros; na França outros 300 bilhões de euros e no Brasil a liberação foi fornecida através da diminuição do compulsório irrigando inicialmente com 100 bilhões de reais o setor financeiro, sem computar os bilhões liberados aos exportadores e ao agronegócio como “capital de giro”.

Mesmo com toda essa moleza e a juros baixíssimos há aqueles que dizem que o capitalismo está sendo “atacado por uma maioria esmagadora de socialistas frustrados pela derrocada fatal dos regimes comunistas e socialistas e pelo triunfo implacável dos regimes democrático/capitalista” (artigo publicado em ZH 30-10-2008 por Rafael Sá - Presidente do Inst.. de Estudos Empresariais – IEE).

O Pós-doutor em Direito e Economia, Cristiano Carvalho, um dia antes publicou, no mesmo diário, um artigo com o titulo hipócrita de “É culpa do “neoliberalismo”?”.

A cega defesa do capitalismo por estes senhores, subordinados ao sistema é tamanha que margeia ao ridículo.

O Doutor Cristiano vai alem e afirma que tanto “crise de 1929 como a atual o maior culpado é o intervencionismo do Estado”. Segue afirmando que “o Fed, ao determinar juros baixíssimo, sinalizou uma situação que não era a de equilíbrio, incentivando os consumidores a gastar e os bancos a conceder financiamentos baratos”.

Mas caro doutor, o mercado não é o ente que sabe tudo?

Como será que caiu nesta armadilha?

Cabe-nos indagar!

Ou os senhores querem nos fazer crer que os culpados por mais esta crise do sistema capitalista são os ultrapassados socialistas ou dos caloteiros trabalhadores norte americanos que creram no sonho da casa própria.

Esquecem-se, os senhores que nos EUA o índice de desemprego é altíssimo para um país que se diz o xerife do mundo e por isso a impossibilidade daqueles trabalhadores em quitar suas dividas e até perderem suas casas engrossando o numero também alto, de sem tetos naquele país.

Esses milhares de bilhões de dólares foram parar no bolso de alguém, pois as casas do povo norte americano foi construído com tijolos, areia e cimento e tudo como manda a lei da “oferta e demanda”, regra basilar do mercado, portanto proporcionando o lucro único objetivo do sistema capitalista.

Esquecem-se os senhores de informar a opinião publica de que o quê houve foi produto da ganância de alguns que transformaram hipotecas em papeis comercializados mundo a fora, pelo preço que o mercado disse valer e nisso não há o “intervencionismo estatal”, tão reclamado pelos senhores.

Esta pratica nos prova que não há transparência nos negócios “regulados pelo mercado” onde ser “esperto” é sinônimo de inteligência e não de mau caratismo.

Enquanto jogam-se bilhões nas “mãos enriquecedora do mercado” e trilhões nas guerras promovidas pelo “satã” dos EUA a “ONU informa que 40% dos africanos vivem na pobreza extrema; “o secretario geral da ONU afirmou que a África precisa de 72 bilhões de dólares para alcançar a meta do milênio”; atualmente, 1 milhão de pessoas perde a vida todos os anos para a malaria e para eliminá-la em nível mundial, seriam necessários 5 bilhões de dólares até o final de 2009; a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) informou que os altos preços dos alimentos levaram mais 75 milhões de pessoas a passar fome no mundo. Em 2007 o numero de famintos foi de 923 milhões.” (Jornal Brasil de Fato n° 294- Artigo de Sandra Quintela- Socioeconomista da Rede Jubileu Sul.)

Ao pegarmos o dado da FAO observaremos que enquanto o numero de famintos aumentam a cada ano, diminuem geometricamente o numero das empresas multinacionais que exploram toda a cadeia produtiva do setor de alimentação gerando uma profunda concentração de poder nas mãos de meia dúzia de S/A controladoras da semente a venda do alimento nas gôndolas dos hiper mercados.

Estes são os números que devem ter uma urgente intervenção do Estado e da mão santa do mercado, o qual, como o rei Midas, onde tudo toca vira ouro.
E se esta é mais uma das crises normais do capitalismo e dela brotaram riquezas imensas, bem que parte deste lucro fosse para socorrer os famintos do mundo, os desabrigados pelas intempéries da natureza, aqueles que sofrem de AIDS nos hospitais espalhados pelo planeta e para tantos outros que estão à margem dessa riqueza.

Ah!!! Se houvesse uma maioria realmente socialista no Brasil, seriamos um país mais solidário, fraterno e menos hipócrita.

ver.itamarsantos@terra.com.br

Publicado no www.melhordetodos.com.br em 30-10-2008,

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A Politica do Coitadismo.

A coluna de Martha Medeiros, de ZH, de 22 de outubro de 2008 foi oportuna em abordar mais uma vez o tema sobre a criança e adolescente.

Há meses varias opiniões já passaram por diversos meios de comunicação sobre este tema, fato este que vem a qualificar cada vez mais o debate que não pode ser esquecido como tantos outros.

O caso emblemático do momento como todos já sabemos é o assassinato da menina Eloá.

Alem de tudo que já foi falado por especialistas e especulado por quem nunca sofreu na pele este tipo de crime cabe salientar que tudo está sendo feito de maneira errônea na condução da Política de Proteção da Criança e do Adolescente.


Institui-se oficiosamente que não se pode fazer nada que imponha limites as crianças. O Presidente Lula decretou que não pode haver trabalho escravo para menor de 18 anos, no outro dia os ditos “formadores de opinião” já estavam bradando que mães e pais não podem atribuir tarefas domésticas a seus filhos em suas casas e assim se deturpam todas as legislações que existem para proteger as crianças e adolescentes.

Mas, o que é para discutir não é discutido por falta de uma política publica que ordene esta demanda.

Observa-se no caso da menina Eloá que ela já “NAMORAVA” desde os 12 anos de idade com o seu algoz, Lindemberg, sete anos mais velho.

Sobre isso nada é dito; onde já se viu uma criança namorar com essa idade. Idade essa de estar brincando com bonecas e não de estar fazendo neném.

Este debate não importa, pois crianças desta idade estão trabalhando nas tele novelas e para isto não é proibido, podem beijar na boca, usar roupas sensuais, fatos que provocam na sociedade um desregramento brutal.

Sociedade esta que é regida pelo consumismo desenfreado onde que as próprias famílias influenciam seus filhos a serem o que ainda não devem ser; só estarem “na moda”.

Esta prática favorece as grandes marcas e aos barões do tráfico de drogas que sempre estão apostos para cuidarem dos nossos filhos se assim nós não o fizemos por imposição de uma sociedade altamente cruel e competitiva.

Quando acontecem tragédias como a de Eloá abre-se espaços para ver quem errou, sem se dar conta que todos erraram.

Errou a família que permitiu que uma criança mantivesse relações afetivas com um adulto; errou o GATE que utilizou a estratégia inadequada ao caso que menosprezou “um jovem sem antecedentes”, até aquele momento e errou o Estado que aplica a política do coitadismo as crianças e adolescentes como se estes fossem seres desprovidos de inteligência e por isto serem incapazes de responderem por seus atos.

Tudo que uma criança venha fazer sempre tem alguém para afirmar como verdade: “Isso é coisa de Criança”.

No domingo passado estava no ponto de ônibus quando chegou uma turma de adolescentes, em torno de 10, entre meninas e meninos, todos embriagados.

Um ato chamou a minha atenção e de todas as demais pessoas que esperavam o coletivo.

Por varias vezes duas meninas deste grupo, que se vestem de preto-com maquiagem também preta, se beijaram na boca.

Não pense você que era só um “Celinho” inofensivo; era um beijão com troca abundante de saliva.

Tento ser um cara aberto para as opções sexuais das pessoas, mas esta sendo antecipada essa descoberta. Há uma precoce mudança na constituição da família nas ultimas décadas por causa do descontrole social imposto pelo consumismo desenfreado e sua conseqüente deformação da nossa juventude que como bem disse a colunista “Pó, todos os meus amigos podem!”. “Ah, então tudo bem.”

Nesta lógica estamos vivendo com mães e pais com idade de criança, “criando outras crianças”.

Outro fato ocorrido com um adolescente (18 anos) que foi assassinado dentro de sua própria casa por outro jovem de 20 anos, que presenciei quando da entrevista com a Promotora de Justiça do Foro de Viamão com a minha cunha, mãe do menino assassinado naquele dia, 19 de fevereiro de 2006, onde esta lhe disse: “mãezinha, infelizmente foi um triste acidente de duas crianças”, sentenciando o criminoso apenas a um PSC (Prestação de Serviço a Comunidade), pena nunca cumprida.

Só que a excelentíssima causídica não sabia e não quis saber que a “criança” em questão já era um assassino em potencial, fato este comprovado a mais ou menos um mês quando este individuo foi preso por porte de arma, drogas e suspeita de assassinato, enquanto nossa família após longos 2 anos 8 meses e 3 dias choramos a morte de nossa criança.

Enquanto o Estado não intervir fortemente no tratamento integral as famílias e as famílias não perceberem que estão perdendo os seus filhos para o consumismo fácil e daí para o crime e para droga escreveremos muitas noticias e crônicas sobre este mesmo assunto.

ver.itamarsantos@terra.com.br

Acabaram as eleições.

Entre concorrentes e não concorrentes todos retomam suas vidas como se nada tivesse acorrido.

Na sexta-feira voltara ser o dia de tomar todas no botequim da esquina sem aquela enchesão de saco de ter sempre algum político pedindo o voto.

No sábado enfim dormir até mais tarde sem ser acordado por um estridente carro de som com aquela mesma repetição, isto se a ressaca da sexta-feira fruto da beberagem com os velhos amigos permitir.

E no domingo lavar o carro que ainda será pago por mais trinta e tantas prestações as quais mais são um aluguel, a tarde jogar uma bolinha, com os mesmo amigos da sexta-feira, no campo de terra da vila, sem deixar de tomar umas e outras após a pelada. Só então ir para a casa dormir porque na segunda-feira é dia de “são pega.”

Esta é a rotina da maioria das pessoas que sobrevivem alienadas em uma sociedade altamente excludente, consumista e competitiva acabando por transformar pessoas em humanóides manipulados por um processo político que move esta mesma sociedade sem que seja nela realizada qualquer tipo de mudança significativa na vida daqueles que ali residem.

O segundo turno das eleições na capital dos gaúchos e das gaúchas teve com vencedor o atual Prefeito José Fogaça e é prova desta manipulação.

Eleito em 2004 pelo PPS, partido que abriga ícones da política dos pampas como o ex-governador Antônio Britto, um dos idealizadores/executores das maiores privatizações do RS, companheiro de Cesar Busatto grampeado pelo atual Vice-Governador Paulo Feijó (DEM) no escândalo do DETRAN.

Fogaça troca de partido no limite da lei eleitoral retornado ao PMDB que já lhe deu guarida, bem como aos demais, ou seja, todos elles são velhos conhecidos e mui amigos. O seu primeiro mandato passa no mais profundo ostracismo sem ser importunado nem pelo seu passado político e muito menos pela impressa escrita e falada.

Quatro anos se passaram e a fotografia de Porto Alegre continua a mesma, problemas comuns a qualquer cidade do porte de uma metrópole não foram divulgados e nem debatidos na mídia empresarial.

Somente após ter garantido a sua reeleição foi que o seu maior aliado, o PM (Partido da Mídia), falou e escreveu aquilo que se calou durante os seus longos quatro anos na Prefeitura de Porto Alegre.
Disse textualmente uma das mais importantes analistas de política no dia seguinte a apuração eleitoral:

“Os pontos fracos do governo (Fogaça) mostrados por Onyx no primeiro turno e por Rosário no segundo turno devem servir de reflexão para o Prefeito e sua equipe pensarem o segundo mandato. Porto Alegre precisa planejar obras estruturais antes que o trânsito entre em colapso, atacar os problemas sociais antes que as malezas tornem a cidade inabitável, investir maciçamente em habitação antes que as favelas se multipliquem sem controle. Diz o slogan da campanha vencedora de Fogaça que “a mudança não pode parar”. Os eleitores acreditaram nessa idéia. Agora, é cobrar para que as obras não apareçam às vésperas das eleições de 2012. ”(Rosane de Oliveira - ZH 27/10/08)

Esta bela analise do que foi a campanha e o governo de Fogaça frente à Prefeitura de Porto Alegre, realizada pela manipuladora articulista, deveria ter sido realizado durante o Primeiro Turno das eleições assim o porto-alegrense talvez tivesse votado em Onyx e em Maria do Rosário para disputarem o Segundo Turno tendo um resultado bem diferente daquele que as urnas deflagraram.

Mas hipocritamente manifesto-se um dia após a reeleição do candidato do seu partido (PM) para posar perante a ingênua opinião publica como uma jornalista democrática e imparcial.

Sabedor de sua incompetência, Fogaça já disse que precisa do apoio do PT para realizar os investimentos que Porto Alegre necessita.

Enfim será o PT que governará Porto Alegre, menos mal.

ver.itamarsantos@terra.com.br

Publicado no www.melhordetodos.com.br em 28/10/2008.

domingo, 26 de outubro de 2008

O Abalo dos Muros

Por: FREI BETTO

O programa Bolsa-Fartura de Bush reúne quantia suficiente para erradicar a fome no mundo. Mas quem se preocupa com os pobres?

NO PRÓXIMO ano, completa-se 20 anos da queda do Muro de Berlim, símbolo da bipolaridade do mundo dividido em dois sistemas: capitalista e socialista. Agora assistimos ao declínio de Wall Street (Rua do Muro), na qual se concentram as sedes dos maiores bancos e instituições financeiras.

O muro que dá nome à Rua de Nova York foi erguido pelos holandeses em 1652 e derrubado pelos ingleses em 1699.

Nova Amsterdam deu lugar à Nova York.
O apocalipse ideológico no Leste Europeu, jamais previsto pelos analistas, fortaleceu a idéia de que fora do capitalismo não há salvação. Agora, a crise do sistema financeiro derruba o dogma da imaculada concepção do livre mercado como única panacéia para o bom andamento da economia.

Ainda não é o fim do capitalismo, mas talvez seja a agonia do caráter neoliberal que hipertrofiou o sistema financeiro.

Acumular fortunas tornou-se mais importante que produzir bens e serviços. A bolha especulativa inflou e, súbito, estourou.

Repete-se, contudo, a velha receita: após privatizar os ganhos, o sistema socializa os prejuízos.

Desmorona a cantilena do "menos Estado e mais iniciativa privada".

Na hora da crise, apela-se ao Estado como bóia de salvamento na forma de US$ 700 bilhões (5% do PIB dos EUA ou o custo de todo o petróleo consumido em um ano naquele país) a serem injetados para anabolizar o sistema financeiro.

O programa Bolsa-Fartura de Bush reúne quantia suficiente para erradicar a fome no mundo.

Mas quem se preocupa com os pobres? Devido ao aumento dos preços dos alimentos, nos últimos 12 meses, o número de famintos crônicos subiu de 854 milhões para 950 milhões, segundo Jacques Diouf, diretor-geral da FAO (Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação).

Quem pagará a fatura do Proer usamericano?

A resposta é óbvia: o contribuinte. Prevê-se o desemprego imediato de 11 milhões de pessoas vinculadas ao mercado de capitais e à construção civil. Os fundos de pensão, descapitalizados, não terão como honrar os direitos de milhões de aposentados, sobretudo de quem investiu em previdência privada.


A restrição do crédito tende a inibir a produção e o consumo. Os bancos de investimentos colocam as barbas de molho. Os impostos sofrerão aumentos. O mercado ficará sob regime de liberdade vigiada: vale agora o modelo chinês de controle político da economia, e não mais o controle da política pela economia, como ocorre no neoliberalismo.


Em 1967, J.K. Galbraith chamava a atenção para a crise do caráter industrial do capitalismo.

Nomes como Ford, Rockefeller, Carnegie ou Guggenheim, exemplos de empreendedores, desapareciam do cenário econômico para dar lugar à ampla rede de acionistas anônimos. O valor da empresa deslocava-se do parque industrial para a Bolsa de Valores.

Na década seguinte, Daniel Bell alertaria para a íntima associação entre informação e especulação e apontaria as contradições culturais do capitalismo: o ascetismo (= acumulação) em choque com o estímulo consumista; os valores da modernidade destronados pelo caráter iconoclasta das inovações científicas e tecnológicas; lei e ética em antagonismo quanto mais o mercado se arvora em árbitro das relações econômicas e sociais.

Se a queda do Muro de Berlim trouxe ao Leste Europeu mais liberdade e menos justiça, introduzindo desigualdades gritantes, o abalo de Wall Street obriga o capitalismo a se repensar. O cassino global torna o mundo mais feliz? Óbvio que não.

O fracasso do socialismo real significa vitória do capitalismo virtual (real para apenas um terço da humanidade)?

Também não.
Não se mede o fracasso do capitalismo por suas crises financeiras, e sim pela exclusão - de acesso a bens essenciais de consumo e direitos de cidadania, como alimentação, saúde e educação - de dois terços da humanidade. São 4 bilhões de pessoas que, segundo a ONU, vivem entre a miséria e a pobreza, com renda diária inferior a US$ 2.

Há, sim, que buscar, com urgência, um outro mundo possível, economicamente justo, politicamente democrático e ecologicamente sustentável.

CARLOS ALBERTO LIBÂNIO CHRISTO, o Frei Betto, 64, frade dominicano e escritor, é autor de "Calendário do Poder" (Rocco), entre outros livros. Foi assessor especial da Presidência da República (2003-2004).

Fonte:Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal.
Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br


ver.itamarsantos@terra.com.br

Publicado no WWW.melhordetodos.com.br em 26/10/2008.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Votar ou não votar.

Eis a questão!!!

No ano em que a Constituição Federal completa 20 anos presenciamos uma eleição em que a profissionalização foi predominante desde o fim da ditadura militar.

A nossa tão sofrida democracia, conquistada através do sacrifício de vários companheiros (as) que deram a vida para hoje podermos exercê-la esta no principio de sua juventude e tanto fazem para nela o povo venha desacreditar.

São tantos desvios éticos e morais, intromissões judiciais parciais fazem com que a nova geração de eleitores coloque em duvida se votar é um direito ou uma imposição.


A parte mais importante do sistema democrático é as eleições, mas tudo está sendo proibido pela Justiça Eleitoral, menos a livre prática do poder econômico que comprou a política.

Nestas eleições os partidos foram meros coadjuvantes sendo substituídos por marqueteiros que ditaram o que fazer, dizer e como fazer e dizer, os militantes históricos foram substituídos por sonolentos diaristas que seguraram as bandeiras mais rendáveis financeiramente sem intromissão alguma da Justiça Eleitoral.

A mesma Justiça que delimitou a propaganda visual em 4 metros quadrados, mas permaneceram cegos para a prática descontrolavel dos mega investimentos de algumas campanhas em especial as de vereadores (as).

Esta foi à eleição em que o poder econômico ditou as regras, pouco se viu de debate de projetos e muito se viu de qual candidato tinha maior visual nas ruas e esquinas.

As coligações foram “da hora”, sem o mínimo de conteúdo programático-ideologico, chegando ao absurdo de em um município partido antagônicos estar coligados e fazerem juras de fidelidade permanentes e em outro não poderem dividir a mesma calçada.

Há aqueles que defendem que o voto deva ser facultativo para se exigir mais dos políticos, mas se analisarmos que temos a faculdade de votar em branco ou de anular o voto e até de se abster de votar observaremos que estes votos têm índices baixos em relação à dita rejeição popular frente às eleições.

Isto é um sinal que o eleitor apesar de reclamar dos políticos muito pela carga negativa que recebe via meios de comunicação acaba votando em alguém mesmo que esse voto seja alienado pelo desinteresse pré concebido pela ditadura midiática incutida em suas mente de que todo político é ladrão.

Quando não é por esse motivo pode ser pelo mimo que recebeu do candidato, ou pela promessa de emprego fácil, pois infelizmente a cultura eleitoral incutida em grande parte dos eleitores é a velha “Lei de Gerson”.

Aqueles que avaliam faltar elementos consolidantes no processo eleitoral deve se unir par exigir o fim do abuso econômico, o fim das coligações, a constituição de partidos fortes que tenham programas e ideologias claras, fim da reeleição, fim do 2° turno e que o eleitor dê mais valor ao seu voto e não o venda por preço algum.

O voto é o maior e o melhor de todos os direitos arduamente conquistados durante a ditadura militar.

Acabamos com a maior ditadura militar da América Latina, acabaremos com a ditadura financeira que deforma a democracia onde todos devem ter os mesmos direitos e deveres.

ver.itamarsantos@terra.com.br

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

“O Petróleo tem que ser Nosso.”

Todas as atenções do mundo estão voltadas para a crise econômica mundial como se o capitalismo fosse acabar num estalar de dedos.

Esta é mais uma das tantas crises pelo qual o sistema capitalista criou desde a 1ª Grande Guerra Mundial, pelo simples fato deste sistema não produzir soluções permanentes para as suas próprias malesas como a miséria e a corrupção, por exemplo.

Esta crise nada mais é do que uma grande cortina de fumaça, um bode na sala, para encobrir a destrutível corrupção incorporada no capitalismo onde os governos não passam de meros coadjuvantes coniventes com os grandes especuladores, verdadeiros sanguessugas do tal de mercado.

Outro objetivo por de trás desta “crise” está à enorme dependência energética dos EUA o que os torna vulneráveis perante os seus interesses imperialistas.

Podemos dizer que alguns fatos são no mínimo, coincidentes.

No momento em que o Brasil oficializa a descoberta da maior reserva de petróleo, em que Cuba reforça a sua opção pelo socialismo, que Ortega é Presidente da Nicarágua, que a América do Sul é governada por dirigentes como Hugo Chaves, Lula, Correa, Kircher, Morales e Lugo oriundos das classes populares formando um bloco a fim de reduzir a dependência do Continente em relação aos EUA acontece à reativação da Quarta Frota pelo Governo Bush filho.

A Quarta Frota foi criada em 1943 visando derrotar o nazismo nos mares do Atlântico Sul sendo extinta em 1950 e recriada recentemente em 12 de Julho.

O perigo desta investida militarista norte americana está explicita na composição deste instrumento de guerra formado por 4 navios cruzadores munidos de mísseis; 4 destróieres com mísseis; 13 fragatas carregadas de mísseis e um navio hospital totalizando 22 navios de alto poder destrutivo.

Todo este aparato bélico tem como justificativa apresentada pelos ianques como sendo meramente a realização de “ações humanitárias” na região, achando que somos todos uns débeis mentais.

Está claro como água pura que o objetivo do “império do mal” é o de conter o avanço das forças democráticas de esquerda na nossa AMÉRICA LATINA e também assaltar as nossas reservas petrolíferas no pré-sal sob o álibi de estarem “realizando ações humanitárias ou combatendo o terrorismo” atitudes já demonstradas em vários países Africanos, no Iraque e no Afeganistão.

A criação e a ação da Quarta Frota é um grave risco a soberania nacional verbalizado em discurso no ultimo 18 de Setembro, em Rio Grande, pelo Presidente Lula diante de dois mil trabalhadores que construíram a Plataforma P-53 da Petrobras.

Lá por Brasília circulam boatos de que os EUA estariam questionando as 200 milhas da nossa costa marítima.

A sandice imperialista IANQUE conjugada com a sua dependência extrema do petróleo que lhe dá o titulo de maior importador mundial deste liquido indica que a voracidade de seus governantes e das corporações do império está direcionada para invadirem o Brasil e os países que não concordarem com as suas imposições.

Desde 1970, técnicos da Petrobras já suspeitavam de que teríamos essa riqueza toda sob as águas profundas da nossa costa, fato somente confirmado agora com o avanço tecnológico e da visão estratégica do Presidente Lula, maior incentivador deste projeto.

A gula imperialista está localizada na descoberta, desde novembro de 2006, da megajazida de petróleo na bacia de Santos chamada de Tupi, seguida da descoberta de reservas que se estendem do Espírito Santo a Santa Catariana compreendendo uma área de aproximadamente 160 mil quilômetros quadrados, a sete mil metros abaixo da superfície nas entranhas rochosas do pré-sal (por isso o nome de “camada de pré-sal ‘).

Estudos apontam para a interligação de toda esta riqueza transformando-se em um único campo petrolífero, componente importantíssimo no momento da exploração, com capacidade de produzir entre 70 e 100 bilhões de barris de óleo de ótima qualidade que elevara o Brasil da posição 240 para a 8ª ou 9ª posição do ranque das maiores reservas petrolíferas do planeta, posição ocupada hoje por Venezuela e Nigéria.

Transformando isto tudo em dólares, com o barril custando US$ 100, temos então sob o pré-sal do nosso mar azul um tesouro de US$ 9 Trilhões que serão investidos no combate a miséria e na formação educacional do povo brasileiro como já afirmou recentemente o Presidente Lula.

Esta fortuna é praticamente todo o PIB dos EUA, ou seja, tudo aquilo que elles “produzem” através da especulação e da expropriação alheia. Isto provoca cada vez mais a ganância capitalista sobre as riquezas escondidas em nossa vasta natureza.

Toda esta riqueza pode ser a independência do povo brasileiro como também pode ser a nossa colonização definitiva. Tudo dependerá de como se comportara o Governo do Presidente Lula quando for regulamentar a exploração desta finita riqueza, bem como a nossa mobilização popular em defesa de que este PETROLEO TEM QUE SER NOSSO e de ser utilizado em beneficio do povo brasileiro.

A ameaça eminente está na invasão do império, isto é o nosso grande perigo e para isto temos que estar preparados.

ver.itamarsantos@terra.com.br

sábado, 18 de outubro de 2008

Saúde, direito de todos! Dever do Estado.

Já se passaram 20 anos de muitas lutas para que a cada dia reafirmarmos este princípio constitucional “Saúde, direito de todos; dever do Estado”. Direito este totalmente contrário àqueles que se orientam pelo ideário neoliberal que tem como projeto político-ideológico o desmonte do Estado e a retirada de conquistas como o SUS arduamente conquistado na Constituição Federal de 1988.

Ao vasculharmos a história brasileira podemos notar que a política de saúde sempre foi subordinada à política econômica, portanto, estabelecedora de modelos.

Nos primórdios do século XX, havia o modelo sanitarista-campanhista que se caracterizou por práticas sanitárias voltadas para a expansão do setor agro-exportador promovendo o controle de endemias e epidemias para saneamento dos espaços onde circulavam as mercadorias de exportação e de combate às doenças transmissíveis para controle daquelas que prejudicavam a exportação do café.

Entre os anos 50 e 70, houve no Brasil a aceleração da industrialização e com isso era importante manter os trabalhadores saudáveis, para que isso fosse possível surge a Medicina Previdenciária e o modelo médico-assistencial privatista.

Neste modelo privatista a um limite, ou seja, o atendimento era oferecido somente àqueles que estavam trabalhando formalmente em detrimento do atendimento coletivo que privilegia as ações coletivas de promoção, prevenção, recuperação e proteção à saúde.

Os recursos da então Previdência Social eram investidos na assistência médica individual para permitir o rápido retorno ao trabalho dos empregados doentes ou acidentados. Percebemos nesta pratica que o dinheiro recolhido dos trabalhadores estava a serviço dos ricos industriais.

Nestes últimos 20 anos a resistência a esse modelo excludente está presente na luta dos movimentos populares, sindical, das mulheres, nas organizações setorial de saúde, no movimento pela Reforma Sanitária que culminaram na garantia constitucional de que a Saúde é um direito de todos e dever do Estado.

Estado representado pela União, Estados e Município onde cada um tem o dever de manter financeiramente o SUS como sistema universal que valoriza a vida.
Com a implementação do SUS a saúde pública se desvincula da lógica econômica para ser vinculada a uma visão coletiva e universal onde a figura do Estado tem papel fundamental por isso é dever desses entes manterem o atendimento universalizado e de qualidade.

Atualmente ainda passamos por vários problemas relacionados à falta de atendimento e de vagas nos hospitais e alem disto há também falta de médicos, especialmente em cidades das regiões metropolitanas como a cidade de Viamão.

Para que este problema comece a ser solucionado será necessário que haja uma forte reação da sociedade, a começar pela introdução de mecanismos que oriente a todos os formandos de medicina a contribuírem com a saúde pública do país, trabalhando e estagiando em Unidades de Saúde em municípios pobres e necessitados.

Para termos uma pequena idéia, a remuneração inicial de um (a) médico (a) na PMV é em torno de R$ 4.000,00 para uma carga horária de 15 hs semanais e no Hospital de Viamão é de R$ 360,00 por cada plantão de 12 hs. Como se vê é uma boa remuneração, portanto a classe médica deve se comprometer mais com a saúde pública, principalmente aqueles que cursaram uma Universidade Pública.


ver.itamarsantos@terra.com.br

Publicado no www.melhordetodos.com.br em 16/10/2008.

Teus alunos serão os meus abrigados.

Na edição de ZH de 11 de setembro de 2008, li um artigo com o titulo “Para onde irão nossos alunos”, de autoria da Pedagoga, Psicopedagoga e Supervisora Escolar Graciela Costa da Silva que retrata perfeitamente a realidade vivida nas escolas e nas Instituições Públicas responsáveis pela reeducação de jovens em conflito com a lei (infratores).

Com propriedade a educadora torna público aquilo que toda a sociedade gaúcha sabe e faz que não vê, ou seja, a falta de regras e de limites da juventude e para a juventude.

Falta esta constatada em todas as classes sociais fique bem claro, ora casos como da jovem que matou os pais com auxilio do namorado e do jovem universitário preso recentemente aqui em Santa Maria que matou o pai e a madrasta.

Mas, nas escolas e nas instituições como a Fase e a Funpergs, herdeiras da extinta FEBEM há como regra a falta destas e de limites.

Na Fase-Fundação de Atendimento Sócio educativo há regras e limites impostos pela estrutura prisional onde as grades são um forte aliado dos (as) monitores (as), educadores diretos destes jovens e os quais correm mais ricos entre aqueles servidores que atendem nestas instituições.

Relatos de colegas dão conta que atualmente a manutenção dos serviços prestados a esses jovens está sendo precarizado pelo Governo do Estado a ponto de não haver papel higiênico para ir ao banheiro, além das casas estarem super lotadas com celas que abrigam um jovem, terem três ou mais ocupando o mesmo espaço.

Sou monitor da Funpergs-Fundação de Proteção especial do Rio Grande do Sul criada com o objetivo de atender crianças e adolescentes em vulnerabilidade social, ou seja, crianças abandonadas por suas “famílias” ou de rua.

Objetivo este deslocado do idealizado, tendo em vista que temos em nossos abrigos residenciais adolescentes cumprindo medidas sócio-educativas encaminhadas pelo Juizado da Criança e da Juventude derivadas de pequenos furtos, agressões, tráfico e consumo de drogas juntas com crianças abandonadas e portadoras de necessidades especiais.

Com a criação da Fundação de Proteção foi desativado os grandes abrigos atendendo uma das diretrizes do ECA, mas para que isto fosse possível o Estado alugou casas residenciais nos mais diversos bairros de POA as quais não comportam o numero elevado de ocupantes onde há em média 15 crianças de zero a dezoito anos e mais 8 ou 10 servidores por dia causando sérios problemas estruturais no imóvel e o que é bem pior; o relacionamento entres os(as) abrigados(as) fica complicado por estarem na fase de descobertas corporais e comportamentais.

Além disto, há uma falta de regras e de limites amenizadas por parte de uma equipe técnica e de diretores (as) incapazes de resolverem a problemática enfrentada pela criançada, chegam ao desplante de verbalizarem que as insubordinações e tentativas de agressões por parte dos abrigados (as) contra os servidores não passam de “coisa de criança” ou do tipo: “Você não saber cuidar de menina, porque só tem filho homem”.
Na Funpergs a mistura de medidas sócio-educativas promovidas pelo Juizado da Criança e da Juventude e a falta de regras e limites como brinde por não atender a demanda da gurizada atenuadas pelos técnicos são os maiores problemas enfrentados pelos servidores que os atendem e que na maioria dos casos são desautorizados pelos seus superiores na frente das crianças.

Finalmente quero fazer coro com o que disse a educadora Graciela; de que é urgente restabelecermos regras de disciplina e de convívio social em nossa escolas e em nossos abrigos as quais já constam no ECA, basta fazer uma releitura deste importante instrumento legal e trabalhando em conjunto as causas do abandono e desta violência aparentemente imotivada.

Nesta lógica a família tem que ser tratada e reestrutura; se isso não acontecer os alunos da Professora Graciela serão no futuro os meus abrigados ou os infratores da Fase.

ver.itamarsantos@terra.com.br

Publicado na ZH de 12 de setembro de 2008.

Publicado no www.melhordetodos.com.br em 10/10/2008.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Karl Marx manda lembança!!!

*Karl Marx manda lembrança.

O que estamos vendo não são erro nem acidente. Mais uma vez, os Estados tentarão salvar o capitalismo da ação predatória dos capitalistas. Em meados do século 19, Karl Marx já havia revelado como este jogo se dá.

As economias modernas criaram um novo conceito de riqueza. Não se trata mais de dispor de valores de uso, mas de ampliar abstrações numéricas. Busca-se obter mais quantidade do mesmo, indefinidamente. A isso os economistas chamam "comportamento racional". Dizem coisas complicadas, pois a defesa de uma estupidez exige alguma sofisticação.

Quem refletiu mais profundamente sobre essa grande transformação foi Karl Marx. Em meados do século 19, ele destacou três tendências da sociedade que então desabrochava:

(a) ela seria compelida a aumentar incessantemente a massa de mercadorias, fosse pela maior capacidade de produzi-las, fosse pela transformação de mais bens, materiais ou simbólicos, em mercadoria; no limite, tudo seria transformado em mercadoria;

(b) ela seria compelida a ampliar o espaço geográfico inserido no circuito mercantil, de modo que mais riquezas e mais populações dele participassem; no limite, esse espaço seria todo o planeta;

(c) ela seria compelida a inventar sempre novos bens e novas necessidades; como as "necessidades do estômago" são poucas, esses novos bens e necessidades seriam, cada vez mais, bens e necessidades voltados à fantasia, que é ilimitada. Para aumentar a potência produtiva e expandir o espaço da acumulação, essa sociedade realizaria uma revolução técnica incessante. Para incluir o máximo de populações no processo mercantil, formaria um sistema-mundo.



Para criar o homem portador daquelas novas necessidades em expansão, alteraria profundamente a cultura e as formas de sociabilidade. Nenhum obstáculo externo a deteria.

Havia, porém, obstáculos internos, que seriam, sucessivamente, superados e repostos. Pois, para valorizar-se, o capital precisa abandonar a sua forma preferencial, de riqueza abstrata, e passar pela produção, organizando o trabalho e encarnando-se transitoriamente em coisas e valores de uso.

Só assim pode ressurgir ampliado, fechando o circuito. É um processo demorado e cheio de riscos. Muito melhor é acumular capital sem retirá-lo da condição de riqueza abstrata, fazendo o próprio dinheiro render mais dinheiro.

Marx denominou D - D” essa forma de acumulação e viu que ela teria peso crescente.

À medida que passasse a predominar, a instabilidade seria maior, pois a valorização sem trabalho é fictícia.

E o potencial civilizatório do sistema começaria a esgotar-se: ao repudiar o trabalho e a atividade produtiva, ao afastar-se do mundo-da-vida, o impulso à acumulação não mais seria um agente organizador da sociedade.

Se não conseguisse se libertar dessa engrenagem, a humanidade correria sérios riscos, pois sua potência técnica estaria muito mais desenvolvida, mas desconectada de fins humanos.

Dependendo de quais forças sociais predominasse, essa potência técnica expandida poderia ser colocada a serviço da civilização (abolindo-se os trabalhos cansativos, mecânicos e alienados, difundindo-se as atividades da cultura e do espírito) ou da barbárie (com o desemprego e a intensificação de conflitos). Maior o poder criativo, maior o poder destrutivo.


O que estamos vendo não são erro nem acidente. Ao vencer os adversários, o sistema pôde buscar a sua forma mais pura, mais plena e mais essencial, com ampla predominância da acumulação D - D".

Abandonou as mediações de que necessitava no período anterior, quando contestações, internas e externas, o amarravam. Libertou-se. Floresceu. Os resultados estão aí. Mais uma vez, os Estados tentarão salvar o capitalismo da ação predatória dos capitalistas. Karl Marx manda lembranças.

*CESAR BENJAMIN, 53, editor da Editora Contraponto e doutor honoris causa da Universidade Bicentenária de Aragua (Venezuela), é autor de "Bom Combate" (Contraponto, 2006).

ver.itamarsantos@terra.com.br

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A CRISE.

A coluna do jornalista David Coimbra, pág. 3, de ZH, desta sexta-feira 10 de outubro de 2008 faz um balanço muito interessante sobre as posições ideológicas de jornalistas e dos proprietários da chamada grande imprensa amarrando ao final com a séria crise econômica provocada pelos caloteiros norte-americanos.

Mas o caro jornalista se esqueceu de frisar que não há mais jornalistas comunistas nas redações dos grandes jornais pela simples imposição patronal ditada pelo tal mercado que com a atual crise deixa de ser um ente invisível para mostrar sua cara que todos sabiam e não tinham ordens para denunciá-la.

Concordo caro jornalista que os bilhões de dólares rapidamente dispensados aos banqueiros são mais um dos tantos desfalques já cometidos contra os trabalhadores e as trabalhadoras de todo o mundo (inclusive os jornalistas) e mais uma vez vemos que os capitalistas de qualquer estirpe querem o que sempre tiveram: estatizar os seus prejuízos.

Pegar dinheiro do BNDES a juros baixíssimos para socorrer banqueiro e latifundiário pooode!!!!


Investir no combate a pobreza através da Bolsa Família é paternalismo; isso não pooode!!!

O Governo do nosso Presidente Lula, infelizmente não foge a regra dos grandes países especuladores e corre para “socorrer” o agronegócio, os exportadores e os banqueiros.

Ser capitalista assim é uma beleza, diria certa deputada, não há risco; eles especulam enquanto os Governos com o dinheiro do povo pagam a conta.

Não haveria nada de mal nisto se estes “senhores” pagassem o mesmo juro que ganham com os seus negócios e tivessem o compromisso de não demitirem em massa utilizando-se da desculpa da “crise”.

No Governo o compromisso deve ser de que não haverá corte no orçamento público em especial na saúde, educação, previdência social e nas políticas de combate a pobreza.

Mas o que chega ao conhecimento da plebe é que não há garantias porque alguns “formadores de opinião” estão interessados em manterem intocáveis as ditas políticas de “liberdade de mercado” em detrimento dos jornalistas, dos professores, dos brigadianos, dos monitores, das crianças, dos idosos e de todos aqueles que trabalham dia a dia sem especular e nem explorar ninguém.

Para finalizar caro jornalista; o caminho com certeza não é o do meio, pois vivemos em um mundo em que há somente dois lados: o lado dos ricos exploradores (banqueiros, latifundiários, multinacionais, etc...) e o lado dos pobres, o nosso, onde estão os brigadianos, os pedreiros, os professores e toda a classe trabalhadora assalariada que sempre paga a conta.

Enquanto o lado que paga a conta não ser invertido não haverá liberdade com democracia.

ver.itamarsantos@terra.com.br

Noticias do CEPERS Sindicato.

De: Sec.Geral secgeral@cpers.org.br>


GOVERNADORA YEDA DESPEJA COM VIOLENCIA, DE NOITE, PROFESSORES EM FGREVE DEFOME, POR ATRAZO DE 9 meses de salario..
13.10.2008 - 20h45


BATALHÃO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS DESPEJA EDUCADORES EM JEJUM

Educadores de áreas da Reforma Agrária que realizam Jejum por melhores condições de ensino na Secretaria de Educação foram despejados no início da noite pelo BOE-Brigada Militar.


A Governadora do Estado e a Secretaria de Educação acionaram o Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar para despejar os Vinte e Sete educadores de áreas de reforma agrária que realizam jejum no prédio da SEC.


Pouco antes do despejo, os educadores foram recebidos em audiência pela Secretária de Educação, que comprometeu-se com parte do pagamento dos salários nove meses atrasados e com uma nova audiência em vinte dias.


Os educadores anunciaram que se retirariam do prédio, mas prosseguiriam o jejum fora da estrutura administrativa. Mesmo assim, a Brigada Militar despejou os manifestantes por volta das 19h30.


Os educadores iniciaram o jejum em protesto pelos nove meses sem salários e pela falta de estrutura nas escolas itinerantes dos acampamentos, onde as crianças não contam com livros, cadernos ou materiais didáticos.


Não é a primeira vez que o Governo do Estado age com intolerência com educadores ou com trabalhadores Sem Terras. Trabalhadores da educação do CPERS-Sindicato já foram algemados e estudantes agredidos no mesmo prédio no ano passado.


Neste ano, o Governo do Estado reduziu 8,3 mil turnos em escolas públicas, com a enturmação e multisseriação.

O processo de "enturmação" usou 47,9 mil turmas para agrupar 1,3 milhão de alunos. No mesmo período, a SEC fechou ou transferiu às prefeituras 122 instituições — a maioria localizada em áreas rurais.

Além disso, a Governadora Yeda Crusius se recusa a implementar o piso nacional do Magistério e em cumprir a Constituição Federal que exige 35% das verbas para educação, orçando apenas 26% para 2009.

Noticias do MST.

Fonte: "Setor de Comunicação MST RS"


EDUCADORES INICIAM JEJUM EM DEFESA DAS ESCOLAS ITINERANTES.


EDUCADORES DA REFORMA AGRÁRIA INICIAM JEJUM NA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO


Vinte e Sete professores de áreas de reforma agrária iniciam, às 15h30,
uma greve de fome por melhores condições nas escolas itinerantes.

Há nove meses sem salários, os educadores de reforma agrária de nove
acampamentos do Rio Grande do Sul iniciam nesta segunda-feira, às 15h30,
uma greve de fome por melhores condições de trabalho nas escolas
itinerantes.

As escolas itinerantes foram criadas no Rio Grande do Sul há doze anos e
são reconhecidas pelo Conselho Estadual de Educação e seu funcionamento
é de responsabilidade do Governo do Estado, como qualquer escola pública.

Além da falta de pagamento dos educadores, as escolas itinerantes convivem com a falta de material didático e merenda escolar.

A situação das Escolas Itinerantes é resultado da política educacional
do Governo do Estado.

Em um ano, a SEC fechou ou transferiu às prefeituras 122 instituições — a maioria localizada em áreas rurais.

O processo de "enturmação" usou 47,9 mil turmas para agrupar 1,3 milhão de alunos. Além de fechar núcleos de educação de jovens e adultos,bibliotecas e laboratórios nas escolas e de se recusar a adotar o piso nacional do magistério.

A proposta orçamentária do Estado para 2009, não cumprirá a determinação da Constituição Federal que exige 35% das verbas para educação, orçando apenas 26%. Todos os cortes atingem de forma mais grave as escolas de áreas rurais.

Noticia da AGAPAN

Amigos,



Agradecemos os apoios recebido pelo Movimento em Defesa da Orla do Guaíba, contra a privatização de seu uso e descaracterização da paisagem da cidade, enfatizamos a necessidade de que vocês entrem nesta luta de corpo presente, com pessoas, faixas, e muita disposição para vencer.



Nesta quarta-feira, dia 15, será votada a emenda que pretende alterar a legislação municipal sobre a Ponta do Melo, a fim de permitir a construção da muralha de concreto que é chamada de Pontal do Estaleiro – seis edifícios com volumetria similar ao nosso Hospital de Clínicas, cada um!



Essa votação pode ocorrer a qualquer momento, a partir das 14 horas.



Decidimos, portanto, montar uma vigília ao prédio da Câmara, com acampamento, material expositivo e cidadãos de Porto Alegre, para aumentar nossa visibilidade, nossa capacidade de pressão e exercer o direito do cidadão comum ser ouvido .




Precisamos – repetimos – da presença física de vocês, de suas entidades, para termos sucesso na empreitada.




A vigília começa às 8 horas da manhã e se estende todo o dia. Às 14 horas, precisamos de um bom contingente para lotar o plenário da Câmara. Podem trazer a família inteira e os vizinhos, e desfrutar de alguns momentos de descontração e camaradagem no acampamento, antes do horário de votação, acertando e articulando novos passos – porque a luta ambiental e do direito do cidadão ser ouvido vai longe, esta é apenas a primeira grande batalha.





As novas gerações, especialmente as futuras, esperam isso de nós para termos uma cidade melhor, mais justa e com melhor qualidade de vida!




NÃO ESQUEÇAM: QUEM CALA, CONSENTE.



Saudações








Fórum Municipal de Entidades
Porto Alegre RS

Ainda não temos página na internet. Por enquanto acesse os Blogs:


Porto Alegre Vive: http://poavive.wordpress.com/

Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho:http://goncalodecarvalho.blogspot.com/
Ong Solidariedade

Viva Gasometro
Rio Guahyba
Agapan:http://agapan.blogspot.com/

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O Muro da Hora

Quem militava em 1989, passou parte de sua vida tentando compreender e explicar por quais motivos aconteceu o desmanche do chamado campo socialista.

Os que militam hoje estão diante da necessidade de compreender, explicar e principalmente intervir na crise que tem por epicentro dos Estados Unidos.

Além do interessante debate acerca das causas "micro" da crise e sobre a dinâmica da economia estado-unidense, é preciso levar em conta o enquadramento "macro".

Em primeiro lugar, a crise atual tem origem nos anos 1970: foi para reagir à crise de então, que o grande capital e os governos dos Estados Unidos e Inglaterra desencadearam um movimento ideológico, político, militar e econômico que produziu o que chamamos de hegemonia neoliberal.

Quase quarenta anos depois, assistimos a crise e ao esgotamento daquela "solução" neoliberal. Mas não voltamos ao ponto de partida. O mundo atual é muito mais capitalista do que o mundo dos anos 1970, uma vez que foram removidas as limitações impostas pela existência do "campo socialista" e pela força da esquerda no interior dos países desenvolvidos.

Também por isto, a crise atual será muito mais complexa e muito mais profunda. Até porque não se trata de uma crise meramente "financeira", entre outros motivos porque o crescimento da especulação financeira é em si mesmo uma conseqüência da própria dinâmica contraditória da acumulação capitalista.

Em segundo lugar, o esgotamento do neoliberalismo coincide com o declínio relativo da hegemonia dos Estados Unidos, sem que haja no horizonte um substituto e sem que as instituições políticas formadas na pós-Segunda Guerra sejam capazes de "administrar" a situação.

Declínio relativo: os EUA continuam sendo a potência hegemônica no terreno ideológico, político, militar e econômico inclusive. Mas esta hegemonia enfrenta crescentes problemas e contestações, parte deles (ironicamente) decorrentes da grande vitória que os EUA obtiveram contra os socialistas, social-democratas e nacional-desenvolvimentistas, ao longo dos anos 80. Evidentemente, não está nos planos dos EUA perder influência. O pano de fundo das eleições presidenciais de novembro deste ano não é como "organizar a retirada", pelo contrário. Não se deve descartar que desta crise surja uma hegemonia renovada, tanto do capitalismo, quanto até mesmo dos Estados Unidos.

Por tudo isto, muito ao contrário do fim da história, o que vivemos e seguiremos vivendo pelo próximo período é uma brutal instabilidade. Inclusive porque o intenso "desenvolvimento" econômico da era neoliberal e suas conseqüências (ambientais, sociais, militares, políticas) enfraqueceram e transbordaram todas as instituições políticas.

Qual a duração, qual a profundidade e quais as repercussões da crise?
Não está claro, ainda. Mas é notável que, no lugar do catastrofismo de esquerda, estejamos assistindo ao catastrofismo de direita: de respeitáveis acadêmicos até especuladores profissionais, cresceu o número e a estridência dos que vaticinam o caos sistêmico, apontando na situação a mistura de traços do pré-Primeira Guerra com a crise dos anos 1930 nos EUA, cujos efeitos –sempre é bom lembrar— não foram totalmente superados pelo New Deal, mas sim pela Segunda Guerra.

Mesmo que descontemos a ignorância, o oportunismo e o pânico presentes em algumas destas análises, especialmente as tupiniquins, que no fundo querem é estimular o caos para com base nele fazer oposição a Lula, é preciso lembrar que onde há muita fumaça, algum fogo há. Até porque eles sabem, às vezes melhor do que nós, o tamanho da lambança feita nos mercados financeiros que, até ontem, eram prova máxima do "engenho criativo" e do "espírito animal" do capitalismo.

Por isso, um olho no gato e outro no peixe. Estamos em melhores condições de enfrentar esta crise, em alguma medida porque o atual governo (especialmente no segundo mandato) adotou políticas distintas do receituário clássico neoliberal. Mas o tamanho da crise não permite discursos ingênuos sobre o "tamanho das reservas", nem crenças tolas nos supostos bons procedimentos das grandes empresas nacionais.

Do que precisamos é dobrar a aposta no mercado interno e na integração continental; estabelecer controles sobre a entrada e saída de capitais; alterar a política de juros; fortalecer pesadamente o Estado e a soberania nacional sobre os recursos estratégicos, por exemplo, ampliando o controle da União sobre as ações da Petrobrás. Medidas em defesa das maiorias, o que inclui manter e ampliar as políticas sociais e as políticas orientadas ao desenvolvimento econômico.
O sonho nada secreto da direita é realizar, em 2009-2010, aquilo que eles desde 1989 diziam que aconteceria durante o governo Lula: o caos, a crise, o desgoverno. É preciso lembrar que a crise atual foi provocada pelas políticas que eles sempre defenderam; e que o Brasil está mais protegido, porque recusou estas políticas. Ou ninguém se lembra da Alca?

Não basta, entretanto, lembrar que estávamos certos nas batalhas ideológicas de ontem e seguimos certos nas de hoje. É preciso, também, travar a batalha do futuro, acerca do redesenho da ordem internacional. E fazê-lo de uma perspectiva socialista, pois afinal de contas o que está aí é uma crise do sistema capitalista. E só nós faltava, na hora da crise, ajudar o bicho a se levantar de novo.

Valter Pomar
Secretário de relações internacionais do PT

ver.itamarsantos@terra.com.br
Publicado no www.melhordetodos.com.br em 10/10/08.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O tostão X o milhão.

Primeiramente quero agradecer a todos e a todas que votaram em mim, bem como aqueles (as) que me ajudaram de uma forma ou outra nesta campanha eleitoral. Muito Obrigado!!!!

Com uma campanha do tostão contra o milhão, eu enfrentei uma campanha árdua e desleal onde o capital se manteve a frente da boa política.

O eleitorado contaminado pelo discurso fácil da grande mídia de que “todo político é ladrão” acabou se traído e votou naquele(s) que mais utilizaram de expedientes incluídos no rol de crimes eleitorais sendo co-autores desse mesmo ato ilícito.

Numa eleição desfigurada pelo uso de muito dinheiro, houve abuso do poder econômico de diversos candidatos com campanhas milionárias financiadas sabe-se lá por que tipo de “investidores”. No meu caso foi muito difícil atingir o número necessário de votantes para que fossemos eleito.

Nossa campanha foi muito simples onde os companheiros e companheiras que nos ajudaram voluntariamente, nas horas de folga dos seus trabalhos, fizeram um belíssimo trabalho que fez com que atingíssemos 551 votos.

Espero que os eleitos para o Legislativo Viamonense possam honrar a nossa cidade denunciando toda e qualquer ilicitude que possa ocorrer nos poderes públicos locais. Assim sendo deixaremos de assistir cenas vergonhosas como as noticiadas nos jornais de grande circulação estadual, denunciadas pelos próprios participantes de tal crime eleitoral no instante em que foram encerrados os trabalhos de apuração dos votos.

Além desse fato lastimável e que chegou até ao conhecimento da Justiça, há muitos outros que provavelmente tenham acontecido e não são de conhecimento das autoridades, como o pagamento de “cabos eleitorais”, o transporte de eleitores no dia do pleito, distribuição de “brindes” dos mais diversos tipos, enfim, essa foi a eleição mais capitalista que já participei.

Infelizmente a Justiça Eleitoral proibiu varias formas de abuso do poder econômico, mas deixaram de fora outras tantas que foram amplamente utilizadas e não foram fiscalizadas.

Espero também que a nossa população possa analisar melhor as propostas apresentadas durante o processo eleitoral porque sempre haverá eleições e o povo que acha que está vendendo o seu voto está profundamente enganada devida esta venda não ter nota fiscal e assim sendo não poderá reclamar ou trocar de produto (vereador).

A Câmara de Vereadores será pelos próximos quatro anos a cara da maioria da população viamonense porque mais de 111 mil eleitores (as) votaram em algum candidato (A) de algum Partido político que contribuiu com a eleição dos mais votados.

Caberá aos Partidos políticos avaliar melhor a idoneidade de seus filiados e possíveis candidatos e a sociedade exigir que seja realizada urgentemente uma grande Reforma Política onde seja exigido dos Partidos e de seus partidários fidelidade programático-partidária, o fim das coligações e financiamento público de campanhas. Só assim teremos eleições democráticas, caso isso não aconteça, o tostão sempre será engolido pelo milhão.

ver.itamarsantos@terra.com.br

6ª Conferência Estadual de Saúde, de 1 a4 de Setembro de 2011, em Tramandaí/RS

14ª Conferência Nacional de Saúde, de 30 de Novembro a 04 de Dezembro, em Brasilia.

1ª Conferência de Saúde Ambiental de Viamão.

1ª Conferência de Saúde Ambiental de Viamão.
Itamar Santos é eleito Delegado à etapa Estadual.

Representantes de Viamão na I Conferência Nacional de Saúde Ambiental-Etapa Estadual

Representantes de Viamão na I Conferência Nacional de Saúde Ambiental-Etapa Estadual
Verônica-PMV, Delmar-ONG, Simone-UAMVI, Itamar Santos-Mov. Sindical.

A Igreja Matriz de Viamão.

A Igreja Matriz de Viamão.
Referência de um Povo.
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As 10 estratégias de manipulação midiática, por Noam Chomsky

Neoliberalismo e Globalização. Saiba o que são!

Juizes e suas Mordomias! Isso o JN não mostra.

CHÊ

CHÊ
O Maior Revolucioário que já viveu!!!

Bandeira do nosso time.

Bandeira do nosso time.

Eu sou Gaúcho

Eu sou Gaúcho
Mas,bah! Tche!

fidel

fidel
Um Lider

Saramago disse:

Eu na Internet

Charges que falam por si!!!!

Charges que falam por si!!!!
Sarney

Ataque aos Trabalhadores I

Ataque aos Trabalhadores I
Bm usa cavalaria contra MST em São Gabriel.

Ataque aos Trabalhadores

Ataque aos Trabalhadores
Trabalhadores encurralados pela BM em São Gabriel.

Assassinato do Trabalhador Rural Elton Brum em São Gabriel-RS

Assassinato do Trabalhador Rural Elton Brum em São Gabriel-RS
Marcas do tiro de calibre 12, arma da BM do Governo Yeda(PSDB,PMDB,PTB,PP,DEM) - Fotos do rsurgente-

Assassinato de São Gabriel

Assassinato de São Gabriel
Tiro a traição, da BM, mata trabalhador rural em São Gabriel.

A Guerra.

A Guerra.
BM usa armas de guerra contra MST em São Gabriel.

Paim prestigia ato em Viamão.

Paim prestigia ato em Viamão.
Paim observa discurso de Itamar Santos.

E o Congresso?

E o Congresso?
Sarney

Os Congressistas.

Os Congressistas.
Da coleção Sarney 2009

Visitantes. A partir de 05/10-2009

Paim em Viamão.

Paim em Viamão.
Ronaldo, Senado Paim, Itamar Santos e Ridi.