No Dia 7 de maio de 2008, na Inter Sindical de Viamão se reuniram trabalhadores e trabalhadoras de Viamão, Alvorada, Gravataí e Cachoeirinha para prepararem a grande manifestação que ocorrerá entre 10 e 13 de junho, próximo em todo o Brasil.
Com a presença de lideranças do Movimento Sindical, do MST, do MAB (mov. Dos Atingidos por Barragens), Via Campesina, CPT (Comissão Pastoral da Terra, vinculada a Igreja Católica), MPA (Mov. Dos Pequenos Produtores), Associação dos Trabalhadores Aposentados de Viamão, CEPERS Sindicato e MMC (Mov. Das Mulheres Camponesas) foi debatido as dificuldades e os problemas enfrentados pela classe trabalhadora.
O Presidente da Federação dos Trabalhares dos Metalúrgicos do RS, Milton Viário realizou uma profunda análise da conjuntura atual pela qual nós passamos e quais os movimentos estratégicos que deveram ser feitos para que a Classe Trabalhadora do Campo e da Cidade enfrente essa nova realidade.
Analiso-se que todas as esperanças do povo trabalhador foram direcionadas no processo eleitoral, após os longos anos de ditadura militar. Com a redemocratização do Brasil os partidos políticos ganharam notoriedade e respeito popular, mas com o passar dos anos e com a proposital banalização/corrupção das eleições pela mídia capetalista em conjunto com as oligarquias regionais o povo percebe que com essa realidade não basta só eleger o Presidente da República ou o Vereador do seu Município.
Mas tem é que participar e ir para a luta contra o seu maior adversário; o capitalista detentor dos meios de produção (bancos, fazendeiros, indústria e comércio), os quais manipulam todo o tipo de produtos ditando o valor a ser pago por um quilo de arroz, por exemplo.
Participação esta que está representada na atuação dos movimentos populares como o MST, MAB, MPA, MNLM, CPT, Via Campesina, MMC e do Movimento Estudantil entre tantos outros.
Os estudantes universitários ocuparam a USP por mais de 40 dias ininterruptos e derrotou o governo tucano de Serra, os militantes do MST reuniram em Brasília, entre 11 e 15 de Junho de 2007 mais de 17.500 delegados no seu 5° Congresso onde definiram uma nova estratégia no enfrentamento com a burguesia nacional e internacional.
Numa conjuntura onde as grandes transnacionais se aliam aos fazendeiros capitalistas, não basta lutar só pela terra. As lutas são por saúde, educação, meio ambiente e por uma alimentação saudável para toda a classe trabalhadora são de todos os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade.
Com o avanço do agronegócio, do capital financeiro e das transnacionais os trabalhadores rurais definiram aprofundar as articulações com setores urbanos na construção de um projeto popular para o país onde se tenha uma reforma agrária de qualidade e se possa ter nas cidades uma vida melhor. Alem de conquistar a terra o MST acaba com analfabetismo nos assentamentos/acampamentos onde já foram 50 mil sem-terras alfabetizados.
Os movimentos populares conquistaram confiabilidade dos seus militantes, o MST se propõe a conquistar a terra, vai e faz, ocupa e distribui à terra conquistada, o mesmo faz o MNLM-Mov. Nacional de Luta pela Moradia, ocupa, organiza o povo em cooperativa, enfim faz acontecer e assim o Mov. Dos Atingidos por Barragens - MAB que luta por aqueles que perderam suas terras para as hidrelétricas e contra os preços abusivos cobrados pela energia elétrica residencial enquanto as grandes indústrias têm a luz praticamente de graça.
E assim todos os demais movimentos populares que realizam aquilo que se propuseram a fazer onde cada militante sabe o quanto é importante para o movimento dar certo. Ao adquirir essa consciência de classe passamos a nos organizar como tal e em junho realizar uma grande manifestação nacional contra o sistema capitalista em que somos explorados.
veritasantos@bol.com.br e ver.itamarsantos@terra.com.br
Viamão, 07 de maio de 2008.
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quinta-feira, 8 de maio de 2008
Movimentos Sociais da Cidade e do Campo se unem.
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