Recebi por correio eletrônico estou publicando para que possamos perceber desde quando a nossa natureza esta sendo agredida.
Companheiras e Companheiros,
Trago para vocês alguns dados escritos e relembrados há muitos e muitos anos por Henrique Luís Roessler, gaúcho que percebia a importância da natureza e que dedicou sua vida a causa ambiental.
Um trecho de uma de suas crônicas: 15.8.58
"A Verdade Sobre o Problema Florestal"
1º - O Presidente do Estado, Dr. Júlio Prates de Castilhos, em 14.1.1898, justificando um Decreto sobre Terras Públicas, Colonização e Florestas do Rio Grande do Sul, escreve: “No Rio Grande do Sul, como em qualquer outro ponto do território da União, os governos não cuidaram nunca de atenuar as maléficas conseqüências da destruição das matas, nem cogitaram jamais de um conjunto de medidas regulamentares destinadas a harmonizar o imediato interesse da exploração delas com a conveniência permanente da respectiva conservação, mediante o replantio metodicamente efetuado. Dessa incúria, que vem de longe, resultou o tristonho aspecto que já oferecem vastas extensões das nossas fertilíssimas zonas florestais. Deplorem-se os descuidos do passado, mas acautemem-se solicitamente para o futuro, inestimáveis elementos que mui de perto correspondem à riqueza pública.”
Nota - Se visse hoje, decorridos 60 anos, os míseros restolhos das nossas florestas. (nota do autor)
3º - O Padre Balduino Rabo, S.J., renomado cientista e naturalista, em 1941, escreveram no seu livro “Ensaio de Monografia Natural”: Não se pode acentuar bastante - O Mato rio-grandense está em Grave Perigo - E não são apenas as derrubadas da agricultura; é também a indústria madeireira que, mais tempo, menos tempo, despojará as selvas de madeira de lei do vale do Rio Uruguai de seus gigantes mais expressivos e acabará por transformar os soberbos pinhais em tristes fachinais. Levanta-se o problema do reflorestamento - Por que não promover a renovação das matas destruídas com madeira de lei? Crescem devagar, sim, mas o esforço frutificará tanto mais para as gerações do porvir. Conviria conservar duas regiões como Parques Florestais - Um trecho da selva virgem do Alto Uruguai; outro nos Aparatos da Serra.
Nota - Em 1947 foi criado o Parque Florestal do Rio Turvo, divisando com o Rio Uruguai, mas deixado muitos anos sem guardas residentes, o que motivou o intrusamento e derrubada de árvores em grande escala. No ano passado foi criado o Parque Florestal de Taimbezinho, nos Aparados da Serra, medida sugerida em 1944 pelo ex-delegado florestal regional do R.G.do Sul. Foram encontradas em plena atividade dentro da área desapropriada 6 serrarias, que já haviam derrubado a maioria dos pinhais. O governo sempre age tarde demais e descuida de proteger o que é seu.
28º - De um Editorial do Correio do Povo sob o título “POESIA E POLÍCIA" - A dolorosa verdade é essa, digamo-lo sem rebuços: O brasileiro não ama a árvore. Estupidamente não sabe o que ela representa de substancial e amável para a existência do homem. Derruba-a e não a replanta. “Com uma inconsciência de doer, com uma despreocupação que raia pela imbecilidade, prepara ou deixa que preparem os desertos do futuro”.
Nota: Em vez de poesia, o articulista recomenda a efetiva e concreta aplicação do poder de polícia aos "gangsters" da derrubada de matas, (ou dos plantadores de eucaliptos, eu diria), o que consideramos como única medida acertada para conseguir algo.
E por aí vai. É de longa data este descaso com as questões ambientais. Noutro dia enviarei um texto dos anos 50 quando ele fala só das plantações de eucaliptos.
Comandante Mendes deveria levar sua fúria contra os plantadores de eucaliptos que estão destruindo a vida do Bioma Pampa.
Boa luta companheiras e companheiros
Saudações Ecosocialistas
Liga Eco-marxista
Enviado por Mara.
ver.itamarsantos@terra.com.br
Viamão, em 21/05/2008.
Quem sou eu
Postagem em destaque
Eleição do CES RS
O Nosso Estado.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Retalhos de uma História.
Assinar:
Postagens (Atom)