Recentemente o Ministro Aposentado do STF, Dr. Paulo Brossard teve um artigo seu publicado na grande imprensa local onde o mesmo se vê “perplexo pela falta de atenção das autoridades brasileiras a respeito do desmatamento da Amazônia”, entre outras questões.
O nobre jurista deve saber de que a rapinagem amazônica já vem de muito tempo e que esse processo de grilagem das terras, em especial, as da União, pelo agronegócio datam da ditadura militar.
O desmatamento da Amazônia está ligado ao comercio ilegal de madeira e se completa com o avanço desordenado do agronegócio que se preocupa somente com o lucro.
A história nos mostra que todos os projetos de colonização da Amazônia foram fracassados, mas durante o regime militar foram vendidas terras publicas por meio de licitação para empresas transnacionais sendo proibidas com o inicio da redemocratização do Brasil [1985/1990].
De acordo com a Constituição Federal de 1988, essas terras só poderiam ser usadas para fins de reforma agrária, regularizando a situação das populações quilombolas, ribeirinhos, e camponeses, fato este que infelizmente não se concretizou até os dias de hoje e é severamente atacado pelos representantes do capital e da grande imprensa.
A grilagem de terras pública é tão escandalosa que nas disposições transitórias da Constituição de 1988 há um artigo que manda uma comissão do Congresso rever todas as vendas de terras públicas do período de 1964 até 1987, fato este que nunca foi realizado devido à grande pressão das transnacionais e dos latifundiários brasileiros que financiam a bancada ruralista da UDR e mata todo aquele que denunciam seus crimes como aconteceu com Chico Mendes, Irmã Doroty e agora com três bispos católicos da região que estão sob proteção policial.
A desproteção da Amazônia não é uma perplexidade só porque a política indigenista do Governo Federal dá as terras á quem de direito, mas sim pela grilagem realizada por brancos brasileiros que estão a serviço dos também brancos nórdicos. É sob esse fato que os comandantes das forças armadas brasileira devem debruçar sua atenção, pois nossas fronteiras estão sendo “vendidas” de norte a sul sob o falso pretexto do desenvolvimento.
Nossa sociedade deve se preocupar é com a aprovação da Emenda Constitucional aprovada pelo Senador Zambiase que reduziu de 150 km para 50 km das nossas fronteiras a permissão para venda de terras privadas para estrangeiros dando sinal de sua subserviência ao capital estrangeiro.
O Brasil infelizmente é dependente dos capitais especulativos que vem dos grandes países capitalistas e agora está sendo invadido com a autorização das ditas autoridades brasileiras.
Ainda é tempo de se reverter esse terrível quadro. Temos que chamar a atenção através das armas que a democracia nos fornece e pressionar os Deputados, Senadores e o Presidente Lula para retirar do Congresso Nacional a medida provisória nº 422 que autoriza a venda de terras públicas sem licitação e que dê a efetiva proteção que a Amazônia precisa com o envio imediato de tropas federais para as regiões em conflito e crie condições de derrubar a emenda Zambiase.
Se nada for feito entraremos num período colonial já mais visto antes.
ver.itamarsantos terra.com.br
Viamão-RS, 21/04/2008.
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segunda-feira, 21 de abril de 2008
Perplexidade.
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