A Natureza sempre
retomará o seu lugar mais ou mais tarde. Esta foi a frase que sempre ouvi das
pessoas que vieram neste mundo antes de mim.
Neste julho de
2015 o Rio Grande do Sul foi atingido por uma da maiores tempestades de chuvas
dos últimos tempos.
E mais uma vez podemos presenciar a força da natureza e a
confirmação do dito popular.
Foram sete dias de muita chuva e aproximadamente 700 mil
pessoas atingidas, somente na região metropolitana de Porto Alegre.
Esta
calamidade trás a tona toda a incompetência daqueles que estão a frente dos serviços de saneamento básica desta região e do Estado por não previrem que as
tais casa de maquinas deveriam estar preparadas para enchentes ou qualquer
outra calamidade natural. E isso só pra falarmos sobre a falta de água!!!
Alem disso vimos de tudo e como sempre o uso do
sofrimento aleio para, alguns, ter beneficio próprio, o que me faz lembrar do velho carro pipa que
por muitos anos manteve no poder aqueles que detinham água para ofertar, claro,
em troca de votos.
Das tantas opiniões dadas neste dias, uma delas foi
sensata e inteligente, de quem não quer só fazer política eleitoreira, como
muitos prefeitos, vereados e deputados.
O Presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia
Hidrográfica do Rio dos Sinos, Arno Leandro Kayser, diz que é preciso ter
cuidado com as intervenções no meio ambiente, pois as obras de proteção podem
apenas deslocar as enchentes para outros lugares; para onde elas não ocorrem.
“Não
há como pensar a Bacia do Sinos apenas como uma visão local. Diques construídos
em uma cidade podem deslocar águas para outra”.
Segundo ele, é fundamental proteger o ecossistema de
banhados, além de manter sistemas de alerta.
As cheias que a região sofreu fazem parte de um processo
histórico de ocupação urbana feita em áreas de banhados e rios realizada por empresários sem escrúpulos da construção
civil, que estão só preocupados nos lucros das vendas de seus imóveis e
loteamentos e de uma população desinformada que está preocupada e necessitada
em resolver o problema só do seu quintal que obteve por ocupação ou através desses
loteamentos irregulares que não passam de pirataria.
“É necessário
evitar a expansão inadequada das áreas próximas aos rios, transformando-as em
áreas de proteção permanentes ou agrícolas. Além disso, realocar pessoas que
ali residem e eventualmente fazer obras de proteção. Isso faz parte do Plano de
Bacia que estamos executando com as prefeituras.” Disse Arno Leandro Kayser.
Os ensinamentos do Presidente do Comitê somente terão
efeitos se a ganância da especulação imobiliária for impedida e assim deixar de
gerar prejuízos ao meio ambiente e as pessoas com seus loteamentos construídos
em cima de antigos banhados que foram drenados muitas vezes com lixos domésticos.
Para que isso um dia seja realidade toda a sociedade deve
adquirir consciência de que grandes concentrações não são benéficas para a
coletividade e que o espaço urbano deve ser planejado para atender a todos priorizando aqueles que menos possuem devendo ser os
primeiros a receber atenção.