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terça-feira, 29 de abril de 2014

Foda-se.


Por Douglas Freitas.

Por declarações que recebi e outras que percebi, talvez hoje, para alguns, eu atue e seja visto como estereótipo. Realmente talvez hoje eu esteja na minha fase mais intolerante. Sempre disse para meus amigos mais próximos que, independente da causa, era para me lembrar sempre que eu não queria me perder no radicalismo. Acreditava que o radicalismo atrofiava o discurso, não tinha aderência. Não tinha didática.

Para mim, o radicalismo não compactuava com o hackeativismo* que eu tanto louvava, mas hoje não consigo tragar mais o intragável, de verdade. Não consigo ser conivente. É complicado pra mim manter relações que me atrofiavam e tem sido duro diariamente me olhar e romper com meus privilégios. Diariamente. E sei que isso de se questionar, de romper é inconcebível para alguns. Eu entendo, de verdade.

Sei que é difícil. No entanto, quando me vejo solitário atordoado batendo cabeça em um quarto vazio, sempre coloco do lado das minhas angústias as angústias que vejo pro aí de uma transexual, de um negro, de uma mulher negra - e sei que não consigo sentir nem 10% do que eles realmente sentem. Não chega nem aos pés, nem aos pés mesmo. E aí tento parar de mimimi.

Mas confesso que tem sido angustiante. É muito complicado, muito complicado mesmo me despir dos meus privilégios. Abrir mão não só de 23 anos de história minha, mas de heranças geracionais complexas. Algumas reflexões resultam no rompimento de amizades, resultam em um questionamento da relação familiar, resultam em sentimentos que não são só meus. Por mais que eu não vá desistir dessa quebra por mimimi de outros, quero que esses outros, na verdade, me acompanhem, não me estereotipem.

Acho que uma das maiores contribuições que esse período no oriente me trouxe foi conseguir visualizar um pouquinho dos processos históricos, talvez também pela influência de ter morado um tempinho com historiadores, sei lá. Mas, enfim, aqui notei um pouco que os avanços são realmente PROCESSOS.

Por moçambique ter a mesma colonização que o Brasil, aqui vi na lata alguns preconceitos, relações, colonialismos que o Brasil já se desprendeu ou já está em uma luta avançada. Em um país que há apenas 39 anos é livre de Portugal, o colonialismo ainda pulsa.

Comparar a linha do tempo daqui com a do Brasil me fez entender o como são duros os processos históricos. No como levam tempo. E isso me fez prestar mais atenção no desenvolvimento histórico de algumas instituições, da mentalidade, enfim.

Por exemplo: a postura da polícia militar hoje é a de capitães do mato.
A mentalidade escravista no Brasil, 150 anos depois, ainda está incrustada nas veias das classes dominantes. A evolução, a libertação é realmente um PROCESSO.

E ver o quanto são penosas essas mudanças catalisa minha bipolaridade. Vejo a galera na rua, os direitos avançando, as marchas a caminhar e minha ânsia, me dá ganas, sorrio sabendo que a próxima geração vai viver em um mundo totalmente diferente.

Por outro lado, têm dias que me dói pensar no atravancamento que o conservadorismo causa no adiamento da evolução. Nessa luta que é eterna, diariamente morre muita gente como gado por causa dos nossos privilégios, por privarmos direitos, oprimirmos desejos, escondermos sentimentos, suprimimos vidas às vezes alavancados em argumentos/dogmas elaborados há 2 MIL ANOS ATRÁS.
Se liguem que as mulheres são tratadas com relações influenciadas pelo puxar cabelo dos homens das cavernas, nos primórdios da nossa barbárie.

Eu não quero levar 2 mil anos para me livrar da tua cruz!
Eu não quero levar mais 200 anos para te ensinar que ninguém é macaco.
Eu não quero ver policial rindo ao colocar pra correr quem suplica pela vida.
       Caralho! Velho. Pensem no futuro, pensem que nessa imensa linha do tempo talvez a existência da raça humana aqui seja incalculável de tão ínfima. Na real, a gente nem sabe o que está fazendo aqui e tem gente que ainda vive nos anos 50, preocupados em suprimir seus desejo em busca da carreira perfeita. Na maioria das vezes oprimindo a si mesmo usando a expectativas dos outros.

Todos esses papos para mim antes eram um clichê radical, mas hoje eu vejo muito sentido. Me pus no lugar de quem pensava assim, tentei sentir a raiva, a angustia, a dor, o pesar de quem se revoltava. E perceber que essa minha “simulação” dos sentimentos não chegara perto do real sentimento de quem está incomodado me faz ver que tá tudo errado.

- Na boa, velho! Se o assunto é racismo e tu, branco, vem me dar tua opinião de 200 anos atrás camuflados na tão normal vista grossa. Perdón, mi amigo, mas fueda-se.

- Se o assunto é feminismo e tu, homem e, vá lá, branco, vem defender os teus privilégios com um discurso machista que julga libertário, te fulmino com um fueda-se.

- Se o assunto é uma nova comunicação e tu vem discutir princípios jornalísticos com a cartilha da corporação onde trabalha. olho pra ti e digo fueda-se, pode chorar à vontade, jornalismo da velha guarda. (aqui um adendo, me empenho, leio, discuto, parte da minha vida é me angustiando com um novo jornalismo, mas, se para sermos uma sociedade mais evoluída o processo passar pelo extermínio do jornalismo, vou ser o primeiro a estar na luta)

- Se o assunto é uma nova dinâmica social, mas o teu sonho ainda é constituir uma carreira, casar na igreja e ter um lindo casal de filhinhos. Com pesar, te digo fueda-se cabrón da idade média.

- Se me vem de mimimi de dor de amor, mas não se propõe a desconstruir o próprio ciúmes, digo, com carinho, mas digo fueda-se.

- Se lê essa porra toda sem tentar se colocar no meu lugar, entender quem eu sou, no que eu passei pra pensar nisso, nem me venha espalhar tua energia atrasada pro meu lado que silenciosamente eu te grito fueda-se.

Zeca baleiro, na sua tranquilidade, tentou me acalmar essa manhã:
Nem quero ser estanque
Como quem constrói estradas
E não anda
Quero no escuro
Como um cego tatear
Estrelas distraídas
Quero no escuro
Como um cego tatear
Estrelas distraídas... mas, quando me pede calma, ele já sabe bem a resposta.

*Hacktivismo (uma junção de hack e activismo) é normalmente entendido como escrever código fonte, ou até mesmo manipular bits, para promover ideologia política - promovendo expressão políticaliberdade de expressãodireitos humanos, ou informação ética. Atos de hacktivismo são carregados da crença de que o uso de código terá efeitos similares aos do ativismo comum ou manifestações civis. Poucas pessoas podem escrever código, mas o código afeta muitas pessoas.

itamarssantos13@yahoo.com.br
itamarssantos13@twitter.com

Publicado no www.itamarsantos.blogspot.com em 29-04-14

6ª Conferência Estadual de Saúde, de 1 a4 de Setembro de 2011, em Tramandaí/RS

14ª Conferência Nacional de Saúde, de 30 de Novembro a 04 de Dezembro, em Brasilia.

1ª Conferência de Saúde Ambiental de Viamão.

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Itamar Santos é eleito Delegado à etapa Estadual.

Representantes de Viamão na I Conferência Nacional de Saúde Ambiental-Etapa Estadual

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Verônica-PMV, Delmar-ONG, Simone-UAMVI, Itamar Santos-Mov. Sindical.

A Igreja Matriz de Viamão.

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Referência de um Povo.
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As 10 estratégias de manipulação midiática, por Noam Chomsky

Neoliberalismo e Globalização. Saiba o que são!

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Charges que falam por si!!!!

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Bm usa cavalaria contra MST em São Gabriel.

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Os Congressistas.

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Da coleção Sarney 2009

Visitantes. A partir de 05/10-2009

Paim em Viamão.

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Ronaldo, Senado Paim, Itamar Santos e Ridi.