“Os participantes da 14ª CNS, em todas as suas etapas (municipal, estadual e nacional), além de reiterar a postura e atitude em defesa dos princípios e diretrizes constitucionais do SUS. São também detentores do compromisso e da responsabilidade de promover discussões e realizar debates, buscar melhores alternativas e escolher rumos de superação, inovação e sustentabilidade para o crescimento, consolidação e legitimação das políticas públicas de Seguridade Social”. Leia mais em:
http://asaudequetemososusquequeremos.files.wordpress.com/2011/04/questoes_orientadoras.pdfA citação acima esta inclusa no documento orientador da 14ª Conferencia Nacional de Saúde e é muito pertinente tendo em vista o terrível ataque que vem sofrendo o SUS através dos mais diferentes operadores do Sistema de Saúde, tanto público como privado. Somente através da mobilização e conscientização popular refundaremos o SUS para todos e dever do Estado Brasileiro como garante a constituição Federal.
É no município que acontece ou não acontece o SUS. São os usuários que tem a visão universal em que o SUS esta constituído e por vezes os interesses corporativos não o deixam avançar em direção da universalização plena e verdadeiramente democrática que requer as necessidades populares.
Neste sentido reafirmo a necessidade do Estado Brasileiro garantir os orçamentos necessários para a área da saúde aprovando na integra a emenda constitucional 29 que determina que a União aplique no SUS 10% do PIB (Produto Interno Bruto) de seu orçamento; que os Estados Confederados apliquem 12% liquido de seus orçamentos e que os Municípios continuem aplicando os 15% de seus orçamentos neste grande e humano sistema de saúde pública.
De 1 a 4 de setembro deste ano teremos a realização da 6ª Conferencia Estadual de Saúde, em Tramandaí, onde teremos a oportunidade de aprovar estas e outras propostas que reafirmem o papel do SUS no Brasil preparando as proposições que serão apresentadas na 14ª Conferencia Nacional de Saúde.
São nestes momentos em que a democracia participativa é garantida temos que estarmos conscientes das nossas necessidades e das nossas responsabilidades quanto fiadores do SUS. Dentre os vários e importantes temas que estão sendo discutidos para que o SUS tenha maior resolutividade; quero salientar a humanização do atendimento.
É no primeiro atendimento do usuário que se estabelece a sequência de todos os demais procedimentos. Nesta acolhida estabeleceremos todas as outras fazes dos demais níveis de complexidade.
Atualmente tem-se varias experiências de acolhidas de usuários nas unidades de básicas de saúde e nas Urgências/Emergências que vão desde os atendimentos de livre demanda, classificação de risco até as intermináveis filas por ordem de chegada que tornam os atendimentos aterrorizantes.
Segundo seus defensores a partir da implantação do Acolhimento com Classificação de Risco ou Protocolo de Manchester a expectativa é de que, com a mesma estrutura existente atualmente, os pacientes graves sejam atendidos no tempo exigido pela gravidade da doença e não mais por ordem de chegada.
Os pacientes serão inicialmente atendidos por uma dupla de enfermeiros, que fará uma triagem e avaliação dos sinais vitais do paciente (pressão arterial, freqüência cardíaca, respiração, temperatura axilar, saturação de oxigênio e glicemia capilar).
Esses pacientes serão classificados em quatro categorias, hierarquizando o atendimento.
Vermelho (Emergência) -Condição de agravo da saúde que demanda atenção imediata, com risco de levar o paciente a óbito dentro de uma hora. Exemplo: enfarto agudo do miocárdio, grandes hemorragias, politraumatizados, insuficiência respiratória aguda.
Amarelo (Urgência) -Condição de agravo da saúde, que também demanda atenção rápida, e que pode, se não tratada, levar a óbito em até 12 horas, pela evolução da patologia. Exemplo: uma insuficiência respiratória branda em um paciente asmático, não tratado, pode levar o paciente à exaustão, parada respiratória, cardíaca e óbito.
Verde -Pacientes que serão atendidos no Serviço Médico de Urgência, num prazo máximo de até 4 horas, mas cujas condições gerais não indicam a necessidade de atenção médica imediata. Por exemplo: uma infecção de garganta, uma contusão muscular.
Azul -Aqueles pacientes estáveis que não necessitam de atendimento imediato em estrutura de grande complexidade. Serão orientados a procurar os CEM ou uma Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua moradia para atendimento ambulatorial.
No sistema até agora adotado, os usuários são atendidos por ordem de chegada.
Alem de ser polêmico a Classificação de Risco vem sendo aplicada somente nas urgências/emergências hospitalares e sem regras claras, pois cada instituição aplica a seu modo deixando os usuários sem o atendimento ou a informação necessária por horas mesmo com os médicos sem pacientes para atender. Em qualquer um desses níveis o importante é que o usuário deve receber um atendimento que lhe dê o mínimo de conforto não ficando relegado somente à espera em um banco duro e gélido de hospital.
MSN: itamarssantos13@hotmail.com
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