O transporte individual é apontado pelos especialistas como o grande vilão do aquecimento global e propõe investimento em transporte público de qualidade como uma das maneiras mais eficientes para diminuir o efeito estufa.
Mas como? Temos carro porque o transporte coletivo é de péssima qualidade e muito caro que só enriquece as empresas concessionárias desse serviço que deveria ser totalmente público.
É, mas se quisermos respirar por mais alguns anos devemos iniciar a mudar os nossos conceitos sobre como devemos nos locomover. O aquecimento da nossa atmosfera tem servido para promover os agrocombustíveis ou para justificar as campanhas de “responsabilidade social” de bancos e de transnacionais que degradam a fotografia natural do Brasil com a produção desmedida de verdadeiros desertos verdes para sustentar o modo consumista de vida no capitalista.
Um dos grandes ícones desse status social é o carro que na maioria das vezes transporta um só ocupante, transformando-se em um transporte individual. Somente na cidade de São Paulo a frota deses veículos é de aproximadamente 6 milhões de unidades que engarrafam e poluem o nosso ar para transportar somente uma pessoa sendo responsáveis por 74% do gás carbônico emito pelo setor de transporte, ou seja, caminhões, ônibus e motos, juntos poluem muito menos e nas devidas proporções são mais úteis.
As fábricas de poluição criam os carros nos mais variados modelos, cores e potência geometricamente desproporcional com as condições das estradas e das cidades brasileiras e se todos os adultos tiverem como comprar um veículo, ninguém mais saíria do lugar, ou seja, o transporte individual só existe porque há desigualdade social.
Por ser um sistema irracional, o transporte individual matam nas estradas brasileiras milhares de pessoas por ano vitimas de acidentes no transito, sem contarmos os que ficam deficientes ou feridos proporcionando um dos maiores gastos do SUS e da Previdência Social.
A solução para essa catástrofe ambiental em que vivemos é substituir o sistema de transporte individual pelo transporte coletivo e público de qualidade. Não será necessária a construção de trens balas, mas a criação de uma rede ferroviária e de metrôs que diminuam as distancias para que as pessoas possam se locomover decentemente.
Além da criação de uma malha ferroviária nas mais diversas localidades do país o poder público pode e deve investir nas hidrovias aproveitando o vasto manancial hídrico existente. O transporte ferroviário e naval são de custo baixo, confortáveis, seguro e menos poluentes como os carros.
Isso significa que os Governos brasileiros deveram determinar que a indústria automobilista se adaptasse a esse novo sistema de transporte produzindo trens ao invés de carros. Para quem inventa um novo modelo a cada semestre pode se adaptar rapidamente para produzir excelentes trens para transportar os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras. Você já pensou em ir de trem de Viamão a Porto Alegre em 10 minutos ou ir ate Cidreira em meia hora.
Até que isso ocorra podemos dar uma forcinha andando a pé ou de bicicleta. O que você acha?
ver.itamarsantos@terra.com.br
Viamão 25 de janeiro de 2008.
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