Com a redemocratização, após um longo período ditatorial, o Brasil e os
brasileiros vivem um processo de aprendizagem nada fácil.
Nossa democracia
tem somente 33 (1980-2013) anos e neste período as verdades antes escondidas agora
são descobertas em uma velocidade muito grande onde ficamos perplexos com tanta
informação sobre corrupção, roubos, assassinatos e tudo de mal que possa
acontecer em uma sociedade onde o melhor advogado é o dinheiro que mantem os
ricos impunes.
Esta
grande quantidade de más informações são divulgadas estrategicamente para nos
desgostarmos com a democracia em que vivemos, onde a mídia capitalista se
alimenta com estes fatos e silenciosamente quer nos fazer comparar como antes.
Só que “antes”: tudo isso e muito mais acontecia e nada era informado.
E mais
uma vez a tragédia de Realengo serviu para que as páginas dos jornais impressos
e eletrônicos deem mais e mais lucros para seus donos e quando o povo já
estiver se esquecido de tudo (você se
lembra disso??), não se falara mais sobre os inocentes mortos por um
sistema doente, demente e corrupto que não cria saídas para suas próprias
doenças e muito menos para suas causas.
Este
triste e horripilante dia ficara para todo sempre nas cabeças e nos corações
daqueles que perderam seus filhos e filhas que foram assassinadas por um doente
mental que nunca foi tratado por essa mesma sociedade que sobrevive de hipótricos espetáculos midiáticos.
O
horror transmitido mundialmente neste 7 de abril de 2011 nada mais é do que o
câncer social provocado por um sistema que privilegia o capital em detrimento
do ser humano.
Aquele animal bípede (fruto de um sistema excludente) deveria
já ter sido descoberto desde quando aluno da mesma escola, na qual frequentou
por anos, em que retornou para assassinar dezenas de crianças.
Sua
doença se diagnosticada na infância seria tecnicamente possível ser tratada se
a sociedade permitisse que os governantes aplicassem o necessário em educação e
em saúde pública.
Mas, o
que infelizmente assistimos no dia a dia são editoriais de renomados
articulistas grifarem em seus artigos que o “déficit vai ás alturas” caso o
governo Tarso concedesse os míseros 10.9% ao magistério gaúcho, aprovados na
assembleia geral do CEPERS sindicato em 08-04-11 ou pagar o piso nacional do
magistério como já definido em lei, são exemplos em qualquer época.
Salário
de Professor, médico do SUS e todos os trabalhadores essenciais a estes
serviços são considerados pelos “especialistas
econômicos” como despesa.
Ainda
esta em tempo desta mesma sociedade se auto tratar: basta promovermos um grande
debate sobre quanto custa uma educação e uma saúde de qualidade e equânime onde todos e tudo seja
resolvido.
Ou a
ganancia capitalista não permitirá que todos tenham as mesmas oportunidades e
direitos, onde uns são mais humanos que os outros. Se isto prevalecer estaremos
decretando o nosso auto extermínio.
Publicado em agosto de 2013 no jornal O meio.
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