O tema para debate proposto por ZH, neste domingo, 03-04-11, nos aponta para um debate surdo onde o objetivo esta em depreciar um projeto de educação em relação a outro. Um projeto chamado de tradicional e outro chamado de progressista, como se o segundo não atingisse o objetivo central de educar.
Entendo que estes projetos não são antagônicos e todo “progressista” que se preze não quer ver seus alunos serem aprovados sem saber os ensinamentos recebidos.
O que esta em discussão é como os conhecimentos são repassados aos alunos. Paulo Freire nunca disse ou escreveu que um aluno não poderia repetir o ano por não ter assimilado o conteúdo. A discussão esta em como se diz a este aluno o “porque” dele ter “rodado”.
A sua proposta é a de ensinar a partir da realidade do aluno, onde este tenha participação ativa em todo o processo e Paulo Freire é muito mais que um “progressista”, é um revolucionário para o seu tempo, por isso foi perseguido.
Atualmente não se persegue mais como antes, mas a disputa politica esta cada vez mais ferrenha e desleal. Na atualidade evidencia-se um conjunto de trabalhadores em Educação que ainda defendem um ensino “robotizado”, ou seja, onde o aluno não tem o direito do pensar, do ser critico, tem que somente aprender para reproduzir mecanicamente o que lhe passaram.
O mesmo diário reproduz uma reportagem, em sua pagina 34, onde entrevista o Mexicano, Guillermo Alonso Ângulo e o Espanhol, Cesar Muñoz Jiménez que desmistificam esta estória que a Educação Cidadã tem deixar lugar para a decoreba acrítica.
Ambos apontam para participação de todos os atores do processo educativo onde estejam abertos a apreender uns com os outros. Não basta ser professor e ter um ótimo salario, tem que ser militante da causa e estar a fim de repassar os seus conhecimentos de forma participativa e critica, sempre trazendo para o centro do debate a possibilidade dele, professor, aprender também tanto em conteúdo como em novas tecnologias, fato amplamente dominado pela nova geração.
Enquanto sociedade temos condições de ter uma Educação de qualidade e que privilegie um aprender consciente. Mas para vencermos isto, o processo é longo e demorado aja visto que esta mesma sociedade é composta por seres políticos em permanente disputa onde os “tradicionais” defendem a mera reprodução de conteúdos mecânicos que visam à produção e o lucro e os “progressistas” que primam por uma educação cidadã onde a participação é fundamental para a formação de adultos conscientes e inteligentes.
Ser um progressista militante é muito difícil porque há muitos infiltrados que se reivindicam, mas na verdade se utilizam do discurso para não terem trabalho com os alunos e assim justificam a sua incapacidade técnica e a sua opção ideológica disfarçando-se de avançados. Além de terem de se defender dos ataques dos ditos “tradicionais”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário